sexta-feira, 6 de julho de 2012

Divaldo Franco na Europa 2012 - Especial

Revista o Consolador
PAULO SALERNO


Divaldo Franco novamente
em solo europeu


O orador inicia em Dublin um novo ciclo de conferências por diversos países da Europa, o qual se encerrará na cidade de Viena

Tendo viajado no dia 7 de maio, partindo de Salvador-BA, Divaldo Franco chegou a Lisboa, Portugal, para embarcar em outro voo que o levaria finalmente a Londres, Inglaterra. Diversas situações enfrenta o Semeador de Estrelas, algumas de caráter adverso, cancelamento de voos, cansaço físico, que aumenta com a questão do fuso horário, desgaste emocional, inúmeros procedimentos nas aduanas, preocupação com horários de conexões aéreas, a solidão nos hotéis, as barreiras linguísticas, o fardo das bagagens, sempre pesadas devido às necessidades para atender a um longo período fora de casa.

Por outro lado, a felicidade de reencontrar os amigos, rever as pessoas queridas que se encontram envolvidas em bem divulgar a Doutrina Espírita, gratifica-o, dando-lhe a certeza de que seu esforço está sendo plenamente correspondido. Exulta de alegria, o que lhe constitui motivo de felicidade, saber que esse ou aquele grupo espírita se encontra melhor estruturado, que as pessoas envolvidas estão motivadas, que outros se agregaram ao trabalho espírita, que as famílias estão bem, que o público que frequenta os estudos ou atividades doutrinárias responde positivamente à proposta do amor fraternal.

Divulgador incansável da Doutrina Espírita, em seu mais puro sentido e fidelidade aos princípios codificados por Allan Kardec, Divaldo desdobra-se para bem atender a todos, orientando quanto ao estudo e à prática doutrinária, a estruturação do movimento espírita, levando sempre em consideração a particularidade de cada cidade, cada país. Nestes cinquenta anos de divulgação doutrinária espírita no exterior, o incansável conferencista de Feira de Santana-BA tornou-se fundador ou cofundador de inúmeros centros espíritas nos 65 países que já visitou.

Aqueles que estão lendo esta ligeira panorâmica sobre as viagens de Divaldo Franco e não estão familiarizados com viagens internacionais, com um trabalho minuciosamente planejado, incluindo-se as reservas de hotéis, a aquisição de passagens, tudo antecipadamente, a atenção aos diversos horários a serem respeitados em diferentes lugares a cada dia, não conseguem aquilatar, com precisão, o nível de desgaste físico, emocional e mental em uma atividade de tamanha envergadura.

Imagine-se o leitor possuindo 85 anos de idade e desenvolvendo um trabalho durante 38 dias em 26 diferentes cidades de 14 países, com hábitos, culturas e climas diferentes, viajando de carro, de trem ou avião, atendendo a interesses doutrinários diversos, temas específicos, seminários com duração de um dia, preocupações consigo e com os outros, sem desligar-se de suas obrigações para com a instituição a que esteja vinculado.

Outro ponto de relevante destaque é seu trabalho de psicografia de mensagens e livros, que ele realiza à noite, às vezes de madrugada, o qual não sofre solução de continuidade durante suas viagens. Incansável, Divaldo Franco é essa verdadeira legenda do movimento espírita, levando a mensagem de Jesus a tantos quantos desejam empreender sua ascensão espiritual. Neste particular, inúmeras vezes recebe a gratidão de pessoas que testemunham o auxílio que lhes foi dispensado pelos Benfeitores Espirituais durante as conferências e seminários realizados.

Pois bem, Divaldo é o protagonista dessa façanha. Com 85 anos, possuidor de vigor físico e emocional em alto grau, consegue resistir ao esforço e assimilar as diversas situações que se apresentam em uma viagem de tal porte. Nos aeroportos e estações de trens, de proporções gigantescas, se comparadas aos maiores do Brasil, Divaldo, carregando sua própria bagagem, caminha célere, não raro mais do que 20 minutos até as salas de embarque, que às vezes se estendem por um quilômetro, senão mais.


Dublin, na Irlanda, foi a etapa inicial da presente viagem




Desde 1999, e agora pela 4ª vez, Divaldo pôde avaliar positivamente o esforço em se estabelecer um núcleo espírita na Irlanda. A instituição espírita promotora do evento, fundada em 2009, foi a Spiritist Society of Ireland, de Dublin, que é a única instituição espírita em atividade na Irlanda.

Mais de 200 pessoas estiveram presentes – no dia 9 de maio – para ouvir Divaldo Franco falar sobre as imorredouras mensagens do Mestre de Nazaré. Na palestra, Divaldo teve o auxílio da eficiente intérprete Anne Sinclair, que verteu para o idioma inglês a extraordinária conferência que a todos cativou, falando aos corações cheios de esperança em um porvir de plenitude, auxiliando a criatura a conquistar a felicidade.


Depois de recuperar-se de diversas dificuldades, inclusive de saúde, o maestro George Frideric Handel, um dos maiores compositores de todos os tempos, compôs febrilmente durante 24 dias ininterruptos o oratório Messias, uma obra sobre o Mestre Nazareno, cujo ponto culminante encontra-se em O Aleluia. Essa ópera foi apresentada pela primeira vez em Dublin, no dia 13 de abril de 1742, quando Handel, após ensaiar um coro de 200 vozes, reconquistou sua fama.

George Frideric Handel apresentou esse mesmo oratório no Royal Albert Hall, em Londres, Inglaterra, em uma sexta-feira da paixão, quando a realeza e o público novamente o aplaudiram de pé e demoradamente. Após esse feito, anualmente na sexta-feira da paixão, essa colossal obra é apresentada no Royal Albert Hall.

Mais de 500 pessoas assistem à conferência em Londres




Já vai distante o ano de 1967, quando Divaldo esteve pela primeira vez em Londres, repetindo e atualizando anualmente o encontro com os espíritas britânicos e brasileiros ali radicados, estimulando-os a prosseguirem no caminho traçado pelo Mestre Galileu.

Desta vez, a conferência foi proferida no dia 10 de maio, ocasião em que o Embaixador da Paz proferiu uma brilhante exposição durante o evento Você e a Paz, em sua segunda edição. Promovido pela British Union of Spiritist Societies – BUSS, o evento contou com um público superior a 500 pessoas, um número até então não alcançado. Entre os presentes, se contavam pessoas de diferentes nacionalidades: espanhóis, italianos, franceses, portugueses, lituanos, brasileiros e, naturalmente, britânicos.

Com a participação da cantora Lorena Ribeiro, acompanhada por Neto Pio ao violão, foi desenvolvido um belíssimo momento musical, preparando os momentos seguintes. Anne Sinclair, a eficiente e dedicada intérprete de Divaldo Franco há 25 anos, falou sobre a paz em nós, como conquistá-la, propagando-a a partir de atitudes dignas e respeitosas para com o ser humano.

Em seguida, Janet Duncan prestou comovente homenagem a Divaldo Franco, enaltecendo suas realizações em prol da criatura humana, da paz, da fraternidade, da construção de um mundo com maior elevação moral.

Com a participação de Anne Sinclair, que verteu suas palavras para o idioma inglês, Divaldo falou sobre o estado psicológico da criatura humana, o amor ensinado e exemplificado por Jesus de Nazaré, a felicidade e a plenitude. Cada um deve definir-se, conhecer-se sempre em maior profundidade, sem preocupar-se em agradar a todos. Estimulou a utilização da prece, da meditação, do encontro consigo mesmo, para a construção da paz. Foi um magnífico evento esse II Movimento Você e a Paz realizado em Londres.

Transição planetária foi o tema do dia 11, também em Londres


Em um encontro com os Grupos Espíritas da Inglaterra, na sede do British Union of Spiritist Societies – BUSS -, Divaldo foi homenageado pelo trabalho que tem desempenhado ao longo de muitos anos, recebendo a gratidão dos espíritas ali presentes.

Em sua conferência, tendo por intérprete Anne Sinclair, o Semeador de Estrelas abordou a questão da transição planetária, afirmando que Espíritos de outras dimensões estão reencarnando na Terra e contribuindo para que a humanidade que a habita alcance a categoria de mundo de regeneração. Nessa transição há um processo de transformação biológica, onde o corpo humano alcançará um aperfeiçoamento, visando debelar as doenças degenerativas, disse o Arauto do Evangelho.

O compromisso do trabalho com Jesus em favor do próximo foi enfatizado, pois que há uma necessidade de reajuste com a Lei Divina para todos os que abraçaram a causa crística. O amor vivenciado por Jesus deve ser o sinalizador das metas a serem alcançadas. Nesse particular, Divaldo salientou que os sentimentos devem predominar sobre os instintos e as paixões.

A respeito do vazio existencial, frisou que, quando se tem a certeza nos valores espirituais, a criatura humana realiza sua mudança de dentro para fora, e nada mais a perturba. Manter a alegria de viver, adquirir a sabedoria, a certeza na imortalidade, não perder tempo com o que não possui valor espiritual, foram outros aspectos desenvolvidos pelo nobre conferencista.

Seguiu-se depois, como ocorreu em Dublin, uma série de perguntas, quando Divaldo teve a oportunidade de discorrer com maior profundidade sobre diversos aspectos de sua conferência. A quantidade de perguntas e sua justeza e profundidade deram a certeza de que a mensagem apresentada foi muito bem assimilada.

Vida: Desafios e Soluções foi o tema apresentado em Paris

No dia 12 de maio, em uma tarde/noite agradabilíssima em Paris, Divaldo Franco proferiu mais uma conferência atendendo aos seus compromissos doutrinários que se estenderão até o dia 13 de junho.

A conferência foi realizada no FIAP Jean Monnet – Foyer International d’Accueil de Paris e contou com a eficiente intérprete Sophie Giusti.

O público presente, em número de 100 pessoas, escutou Divaldo falar sobre o tema Vida: Desafios e Soluções. O Paulo de Tarso dos dias atuais falou brevemente sobre a vida segundo a ótica da filosofia, da psicologia e da biologia, adentrando, em seguida, pelas emoções denominadas medo, ira e amor.

Divaldo descreveu a criatura humana segundo a análise de Pedro Ouspenski, que classificou os indivíduos em duas categorias: os fisiológicos e os psicológicos.

O medo, disse o nobre conferencista, é a emoção mais antiga e base de várias outras. A ira é uma emoção de efeitos fisiológicos, servindo como alicerce para o ódio e suas variantes. A terceira emoção a despertar no indivíduo foi o amor, que encaminha a pessoa para as realizações superiores.

Segundo Carl Gustav Jung e Viktor Frankl, o objetivo da vida é encontrar o seu sentido psicológico, o sentido da vida. O objetivo da vida para o ser humano é superar os instintos e encontrar a plenitude. Como soluções para o indivíduo superar os desafios da vida, Divaldo apresentou Jesus como modelo ideal a ser seguido.

Em Rennes o tema foi Transtornos psicológicos, depressivos e obsessivos

Partindo de Paris em um trem de grande velocidade – TGV – Divaldo empreendeu uma viagem de aproximadamente 2h30min, estando pronto no local do evento em Rennes, França, no Centre Commercial des Longs Champs, às 14h30, ocasião em que abordou o tema Transtornos psicológicos, depressivos e obsessivos.

Esta foi a primeira vez que Divaldo esteve em Rennes e a instituição promotora do evento o Centro de Estudos Espíritas Victor Hugo. A intérprete foi mais uma vez Sophie Giusti, destacando-se com brilhantismo em seu trabalho.

Falando para espíritas e espiritualistas, após breve análise do indivíduo sob a ótica da psicologia, da filosofia e da fisiologia, Divaldo apresentou as questões de saúde, de doença e de medicina, esta dedicada a prolongar e dar boa qualidade de vida à criatura humana. Graças à ciência o homem vai-se libertando da ignorância de si mesmo e a Doutrina Espírita demonstra que tudo é natural.

Apresentou o pensamento das filosofias orientais, da grega e da Doutrina Espírita, acentuando que, apesar de todo o conhecimento já adquirido pelo homem, este ainda se mantém vinculado à ignorância de si mesmo, relacionando-se consigo mesmo e com os demais quase que exclusivamente através das sensações de ordem material.

Jesus, o filósofo incomparável, estabeleceu o exercício do amor como sendo a maior psicoterapia de que o homem necessita. Divaldo apresentou as características dos transtornos emocionais, fisiológicos e psicológicos. A depressão e seu significado, suas causas com base na solidão, na ansiedade e na culpa, foram aspectos frisados e que fazem parte do cotidiano de uma grande massa de indivíduos.

O Espiritismo, destacou Divaldo, afirma que os acontecimentos na vida do ser humano, positivos ou negativos, ocorrem com vistas à evolução, que a criatura humana é indestrutível e que os transtornos psiquiátricos e psicológicos são resultados de débitos morais adquiridos.

As ocorrências obsessivas foram amplamente abordadas pelo dedicado servidor do Cristo, que enfatizou a necessidade que todos nós temos de amar, não só aqueles que estão mais próximos, mas a todos, indistintamente.

Evangelho no lar na residência de um casal de amigos franceses

No dia 14 de maio, de volta a Paris, Divaldo Franco, além de suas atividades normais de psicografia, digitação de mensagens e atendimento à correspondência, realizou no período noturno a atividade denominada O Evangelho no Lar. Um grupo de doze amigos se reuniu na residência do casal Dominique e Armandine para a realização dessa tarefa nobilitante e altamente salutar para a harmonia do lar e dos indivíduos.

Foi um encontro proveitoso, alentando corações e atendendo às necessidades espirituais daqueles que ainda se mantêm revestidos do corpo físico e de todos os demais que, desprovidos dele, lá se encontravam.

Renovando as energias e sob as bênçãos de Jesus, todos deram o melhor de si para falar sobre os sentimentos que se lhe despertaram com a leitura de um trecho do cap. XXIII do livro O Evangelho segundo o Espiritismo. Aqueles momentos constituíram um verdadeiro encontro da família espiritual, da família universal.

A Psicologia da Gratidão foi o tema apresentado em Orly




No dia 15 de maio, para falar sobre o tema A Psicologia da Gratidão, Divaldo deslocou-se até Orly, cidade próxima de Paris. A conferência realizou-se na instituição denominada Casa da Redenção, local que Divaldo visita há mais de vinte anos.

Sessenta e cinco pessoas se aglomeraram nas instalações da instituição que carinhosamente recebeu a todos. O público em sua grande maioria era formado por portugueses e por pouquíssimos franceses. Estes, em uma sala ao lado, puderam acompanhar a conferência através da tradução realizada por Sandrine Alexandre.

A gratidão é o sentimento de amor elevado ao mais alto grau, disse o Arauto do Evangelho. Ser grato à vida, às oportunidades boas ou más, estar atento para aceitar com sentimento de gratidão o mal que acontece, transformando-o em oportunidade de crescimento. Agradecer o mal que, podendo ter acontecido, não se realizou, agradecer aos pais, estender o perdão às criaturas, indistintamente, não esperar recompensa, ser grato é ser humilde, desenvolver a harmonia interior. A gratidão é a assinatura de Deus colocada na Sua obra, segundo a benfeitora Joanna de Ângelis escreveu em seu livro A Psicologia da Gratidão, psicografada por Divaldo Franco.

Aqueles que conhecem a Doutrina Espírita sabem que agradecer indistintamente é razão, é motivo para sentir-se desfrutando de harmonia. Todo aquele que ora sabe da importância da oração como mecanismo de comunhão com Deus, sintonizando mais com a divindade do que com as questões de ordem material.


Num curto período de 14 dias Divaldo visita seis países

Além de participar do 3º Congresso Espírita Alemão, o orador coordenou em Zurique o 1º Movimento You and Peace

No período de 16 a 29 de maio teve prosseguimento o ciclo de conferências de Divaldo Franco em terras da Europa, como mostram as fotos que ilustram esta reportagem.

Bruxelas/Bélgica – 16 de maio

Após percorrer a distância de 320 km entre Paris e Bruxelas, em 3h50min e acompanhado de amigos, Divaldo Franco aproveitou a parte da tarde para atender a sua correspondência eletrônica e preparar o tema programado para ser apresentado à noite. A conferência foi promovida pelo Noyau d’Études Spirites Camille Flammarion ASBL, - Núcleo de Estudos Espíritas Camille Flammarion Sem Fins Lucrativos – NEECAFLA ASBL. O tema Transição Planetária foi apresentado na sala de reuniões na Rue de Tenbosch, 85, Bruxelas/Bélgica. Divaldo foi apresentado por Edilaine, amável colaboradora do NEECAFLA ASBL.

O público de 80 pessoas lotou a sala especialmente alugada e graças à divulgação do evento, 12 belgas não espíritas estavam presentes e saíram encantados com a conferência. Divaldo realizou uma breve análise da criatura humana sob os aspectos sociais, culturais, as transformações permanentes em todos os sentidos da vida, demonstrando a evolução continuada, permanente. A extinção do Planeta Terra noticiada em vários momentos ao longo de sua história, o calendário maia, composto por ciclos e o entendimento da civilização maia, que segundo estudiosos informam que os maias não tinham a compreensão da extinção do Planeta, mas o encerramento de um ciclo, adentrando-se a outro concomitantemente.

Todas as transformações geológicas recentes, como tsunamis, terremotos, vulcões, estão dentro da média de ocorrências segundo os cientistas. A diferença está na rapidez com que a notícia do fato se dá, agora, quase que instantaneamente, analisou o incansável conferencista. Sobre a extinção da Terra disse que, segundo os astrônomos, ela irá se extinguir por ocasião do esgotamento da capacidade solar, previsto para ocorrer, de acordo com cálculos atuais, daqui a onze bilhões de anos.

Divaldo salientou que a grande transição que ora se opera na Terra é a transformação moral do indivíduo. Esse mundo moral atrasado vai se extinguindo na medida em que a criatura humana se eleva moralmente, descobrindo a sua intimidade, que é a essência espiritual, o ser integral. Essas mudanças já estão em curso. O Planeta Terra vai se transformando, graças à ação dos Espíritos nobres que trazem suas conquistas morais e intelectuais, operando efetivamente a mudança. O mundo velho, perverso, de iniquidades vai cedendo lugar ao mundo de regeneração.

Encerrado o evento Divaldo reencontrou a amiga de muitos anos, a Sra. Alcina Veiga Barbosa, prima de Sérgio Lopes, já desencarnado, e que era responsável pela programação doutrinária de Divaldo na Bélgica na década de 1980. A Sra. Alcina veio especialmente de Portugal para assistir a conferência do Semeador de Estrelas. Realizado breve lanche, Divaldo empreendeu uma viagem noturna de carro, percorrendo uma distância de 220 km, chegando pela madrugada em Luxemburgo/Ducado de Luxemburgo.

Luxemburgo/Ducado de Luxemburgo – 17 de maio

O Seminário Transição Planetária, promovido pelo Groupe Spirite Allan Kardec de Luxembourg, foi realizado no Centre Sociétaire, 29, rue de Strasbour – Luxembourg. O público formado por 180 pessoas assistiu Divaldo Pereira Franco discorrer sobre o progresso do conhecimento psicológico, a felicidade, o sentido psicológico da vida, a demonstração da imortalidade do Espírito realizada pela Doutrina Espírita a partir do Século XIX, a percepção do mundo dos Espíritos através da mediunidade, o hercúleo trabalho realizado por Allan Kardec.

O Arauto do Evangelho com seu verbo eloquente, sempre cativando as criaturas que se lhe acercam, fez uma análise da transição que a humanidade está vivenciando em todos os aspectos da vida dos indivíduos. Sobre o calendário Maia, comentado à exaustão nos últimos tempos, sugerindo a extinção do Planeta Terra, Divaldo afirmou que, segundo estudos sérios, não há nenhum indicativo que possa afirmar que a Terra irá se extinguir conforme muitos imaginam.

O que há, disse, é a mudança de ciclo, já que o calendário Maia tem por base os ciclos, os períodos e as eras. Neste ano de 2012 está ocorrendo o término de um ciclo, iniciando-se outro gradualmente, sem solução de continuidade. Salientou que o que está em vias de extinção é o mundo moral negativo inferior, dando lugar às atitudes elevadas, calcadas no amor. Para tanto estão retornando à Terra, ou vindo de outros Orbes, Espíritos de escol, preparados moralmente para auxiliar o homem a realizar essa transição.

Divaldo apresentou dados sobre o Sermão Profético de Jesus, segundo Marcos XIII: 1 a 23, onde fez ver que as palavras de Jesus se cumpriram ao longo da história recente da humanidade. Allan Kardec em A Gênese, no Cap. XVIII, item 14, expõe sobre os Sinais dos Tempos. Igualmente no itens 27, 28 e 34 Kardec ressalta o surgimento da Geração Nova. Em O Livro dos Espíritos as indagações de Allan Kardec e as correspondentes respostas dos Benfeitores apresentam as questões sobre a Lei de Destruição, onde se enquadram todos os fatos geológicos presenciados pelo homem ao longo de sua história evolutiva.

Nos eventos de Bruxelas e Luxemburgo a intérprete foi a dedicada e prestimosa Sophie Giusti, elogiada por muitos pelo seu trabalho eficiente.

Mannheim/Alemanha – 18 de maio

Finalizado o seminário em Luxemburgo, Divaldo se deslocou para Mannheim. A viagem de carro foi de 02h30min, chegando a Mannheim às 23h10min. Nas instalações do Delta Park Hotel Mannheim, Divaldo Franco apresentou o seminário Psicologia da Gratidão. A intérprete foi Edith Burkhard, sempre muito eficiente e cativante. O evento foi promovido pelo Freundeskreis Allan Kardec – Círculo de Amigos Allan Kardec, de Mannheim.

Falando sobre o amor, Divaldo destacou as ações no bem e do sentimento de gratidão e ingratidão. Abrilhantou seu trabalho narrando uma história real onde um filho decidiu sair de casa por não concordar com o judaísmo que sua família professava. O Pai, sobrevivente do holocausto, não tendo outra opção, disse ao filho que se saísse não poderia retornar mais ao lar. Uma história de ingratidão, de amor, de gratidão.

Sobre a vida, disse que é necessário que cada um descubra o seu sentido psicológico, um objetivo pelo qual a criatura se esforce por alcança-lo, dignamente, encorajando-se para superar as dificuldades, não se deixando abater, mas ao contrário, vencendo os acontecimentos e, sobretudo, superando-se a si mesmo. Esse sentido é o amor. Quem ama é feliz, é saudável. Exortou a agradecer. Agradecer todo o bem que aconteceu, o mal que não aconteceu e, também, o mal que aconteceu, pois que esse só acontece quando o indivíduo merece, provocando oportunidade de crescimento espiritual e moral, se bem compreendido.

Joanna de Ângelis propõe 12 reflexões na psicologia da gratidão. 1ª - Ser grato à vida pela oportunidade de existir. 2ª - O Ser psicologicamente maduro é aquele que nutre o sentimento da gratidão. 3ª - Ser grato é não se limitar ao ato de recompensa. 4ª - Quando se é grato, nunca se experimenta nenhum tipo de decepção ou queixa, porque nada espera em resposta ao que realiza. 5ª - O ser grato sabe que a vida é constante movimento, portanto, não se deixa atormentar pelas constantes mudanças. 6ª - O ser grato sabe transformar o mal que lhe acontece em oportunidade de crescimento. 7ª - O ser grato é humilde e sente alegria em servir. 8ª - O ser grato, mais do que a felicidade, busca o sentido existencial. 9ª - O ser grato busca sua harmonia interior. 10ª - O ser grato é emocionalmente saudável. 11ª - O ser grato busca a paz. 12ª - O ser grato torna-se um instrumento da ação divina.

Nessa oportunidade, Divaldo foi homenageado pelos 10 anos em que vem colaborando com os espíritas e simpatizantes da Doutrina Espírita em Mannheim/Alemanha. Edith Burkhard também foi homenageada pelo belo e profícuo trabalho de verter ao idioma Alemão as conferências de Divaldo Franco.

Stuttgart/Alemanha – 19 de maio

Pela manhã, bem cedo, Divaldo Franco deslocou-se de Mannheim para Stuttgart. A viagem de carro teve a duração de 01h30min.

O Terceiro Congresso Espírita Alemão, organizado e patrocinado pela Associação Espírita Alemã e o Conselho Espírita Internacional, em conjunto, foi realizado nas instalações da Universidade de Stuttgart, com uma programação intensa, tendo como líder Maria Gekeler, Presidente. Além de Divaldo Franco, mais quatro conferencista se esmeraram para atender aos cerca de 200 participantes seletos. O tema foi Autoconhecimento através da ciência, filosofia e religião.

Divaldo Franco, tendo por intérprete Edith Burkhard, apresentou o seu tema fazendo uma análise sobre o Filósofo Sócrates e o seu trabalho, seu método, o entendimento sobre o autoconhecimento. A criatura humana foi criada para viver em sociedade, uns necessitando de outros para viver, para sobreviver. Jesus foi o primeiro vulto histórico a falar sobre o amor. Após percorrer a história de alguns pensadores, Divaldo salientou que o amor deixou de ser uma questão teológica para se transformar em uma questão de saúde, de medicina, da ciência.

Amar a si mesmo e amar ao próximo são condições essenciais para amar a Deus, porém, frisou o Embaixador da Paz, poucos são os que amam-se a si mesmo. O autoconhecimento é uma atitude científica. O autoamor significa cuidar do corpo; da emoção da psique; do conhecimento; a beleza da vida; o reconhecimento da pequenez em que cada um está ante as belezas da natureza. O autoconhecimento é o autoamor, quem não se ama não pode amar à ninguém.

Amar-se a si mesmo significa conhecer as próprias limitações, perdoar, estar em paz para poder desfrutar de harmonia íntima. No processo do autoamor há todo um esforço para a transformação moral, extinguindo as imperfeições e, por conseguinte amar a Deus. A vida deve ter um sentido psicológico, os tesouros do indivíduo são as suas virtudes, o seu conhecimento e a sua inteligência.

Claudia Tetens, de Berlim, apresentou o tema: Quem sou eu, de onde eu vim, para onde estou indo? Dagobert Gӧbel, de Hamburgo, discorreu sobre a influência dos Espíritos na vida material; Luciana Urban-Jamnik, de Stuttgart, expôs o tema intitulado, O Espiritismo e a Física Quântica; e Kay Kreutzfeldt, de Colônia, abordou As Leis Morais da Vida.

Divaldo, fazendo o encerramento do III Congresso Espírita Alemão, aprofundou o tema autoconhecimento, apresentando os níveis de consciência em que cada criatura se encontra. Pedro Ouspensky, discípulo de Gurdjieff, dividiu os grupos humanos em cinco níveis de consciência: consciência de sono sem sonhos; consciência de sono com sonhos; consciência de si, nesse nível há as sete funções da máquina – corpo -, que será descrito a seguir; e a consciência objetiva ou cósmica.

A ideia de que o homem é uma máquina não é nova. Compreender que o indivíduo é uma máquina, muito singular, e conhecendo suas funções poderá controla-la. As funções da máquina são: 1ª – intelectiva; 2ª – emocional; 3ª – instintiva; 4ª – motora; 5ª – sexual; 6ª – emocional superior; e 7ª – intelectiva superior. Divaldo ao expor cada um dos níveis de consciência e as funções da máquina discorre com detalhes enriquecedores, permitindo um entendimento claro sobre o homem psicológico. Concluído seu trabalho programado, atendendo, além de seus compromissos com o congresso, a inúmeras pessoas, uma demonstração de autodoação, de fraternidade, vivenciando na prática todos os postulados que habitualmente expõe em suas conferências.

Frankfurt/Alemanha 20 de maio

Após as 12 horas, Divaldo viajou de Mannheim para Frankfurt. A viagem teve a duração de uma hora, retornando após o evento. O tema abordado foi a Transição Planetária. O evento foi promovido pelo Freundeskreis Allan Kardec – Círculo de Amigos Allan Kardec e realizado nas dependências do Saalbau Gutlent, na Rua Rotteweiler, 32, em Frankfurt. Estavam presentes, entre as 90 pessoas, o Cônsul Brasileiro Cezar Amaral e o seu Adjunto. Antes do evento foi apresentado um envolvente momento musical com a cantora Juliana da Silva.

Inicialmente o conferencista e médium Divaldo Franco abordou a jornada evolutiva do homem, principalmente no campo psicossociológico, as imperfeições de caráter, o avanço da ciência na área da investigação sideral, a capacidade desenvolvida pela medicina, erradicando algumas patologias. As tragédias cotidianas, as glórias efêmeras na esfera do poder temporal, a solidão, a agitação constante com que a criatura se defronta diariamente, bloqueando qualquer possibilidade de reflexão. Enfatizou que a atividade evolutiva do homem na Terra é produzida pelo esforço e que ao diminuir a intensidade do ego, fornece possibilidades para as conquistas morais.

Os Maias não tinham o entendimento do fim do mundo, como muitos apregoam, mas de ciclos que se repetem um após outro, segundo pesquisadores da Cultura Maia. Este ano de 2012, em 12 de dezembro, um desses ciclos se encerra, e isto tem gerado toda a sorte de previsões catastróficas, o que não ocorrerá, de acordo com os mesmos pesquisadores. Adiantam os Maias que este próximo ciclo será de felicidade, começando uma nova era.

As tragédias geológicas ocorridas nos primeiros anos do Século XXI chocaram a humanidade causando um impacto emocional na humanidade, porém, transcorridas algumas semanas a maioria esquece a tragédia, ficando com as dores somente aqueles que estiveram envolvidos diretamente. Esses eventos, em quantidade e intensidade, estão dentro da média histórica. A diferença com relação ao passado é a velocidade das comunicações dos dias atuais.

Recordou o nobre orador sobre as profecias de Jesus a respeito do fim dos tempos e seus sinais já acontecidos, porém, Jesus se referia ao fim dos tempos morais. Haverá o fim do mundo negativo, perverso, para dar lugar ao mundo rico de bênçãos. Esta é uma realidade que difere da proposta pessimista. O mundo está em transição para um mundo melhor. Todo o período de mudanças produz distúrbios.

O Espiritismo é uma ciência de investigação, comprova a vida além da morte física, e que cada criatura será na vida espiritual conforme as aquisições intelectivas e morais. O objetivo da vida é o de propiciar as conquistas no campo da moral, do amor, deixando de praticar o exercício do egoísmo para se tornar altruísta. Estamos vivendo a grande transição. Espíritos nobres estão reencarnando com a missão de auxiliar a humanidade terrestre transformar-se moralmente. Viver o amor, fazendo todo o bem que for possível. No mundo de regeneração não haverá conflitos de ordem íntima, tão pouco sofrimento de ordem material. O sofrimento será de ordem emocional.

Munique/Alemanha 21 de maio

Saindo de Mannheim pela manhã, Divaldo viajou para Munique, fazendo o percurso em 3h50min. O belo salão do Klangheilzentrum München, no número 1B da Ӧtztaler Straβe, recebeu cerca de 100 pessoas para assistirem Divaldo Franco falar sobre a Paz Interior, Paz na Terra. O evento foi planejado e promovido pelo Spiritistische Studiengruppe Allan Kardec – Grupo de Estudos Espíritas Allan Kardec. Divaldo iniciou dizendo que o problema da criatura humana é a própria criatura humana.

A criatura humana, segundo a psicologia, é formada pela personalidade, conhecimento, identidade, consciência e individualidade. Segundo o Dr. Miguel Ruiz, baseado na cultura tolteca, estabeleceu quatro compromissos para a criatura humana. 1 – que sua palavra seja impecável; 2 – nunca aceite nada que não seja para você; 3 – tudo o que fizer faça-o bem feito; 4 – não tire conclusões. São atitudes que favorecem alcançar a plenitude, o estado numinoso, de acordo com Carl Gustav Jung, onde o indivíduo se liberta de todas as suas paixões, o que corresponde na Doutrina Espírita a transformação moral para melhor.

A paz na criatura humana deve ser uma paz dinâmica, onde executa atitudes para alcançar o autoconhecimento, o autoamor, perdoando, compreendendo, aceitando o próximo como ele se apresenta. A imortalidade da alma, a reencarnação, mesmo para os maus, torna a criatura humana melhor, pouco a pouco, se não no aspecto moral, mas certamente na aquisição de conhecimentos mais amplos. Disse o Semeador de Estrelas, ninguém pode fazer o mal para o seu semelhante. O mal que faz mal à criatura é o mal que ela faz aos outros. Não aceitando o mal de ninguém, o indivíduo poderá viver em paz.

A UNESCO, no ano 2000, estabeleceu a seguinte proposta para a construção da paz na Terra: 1 – respeite a paz; 2 – não aceite a violência; 3 – seja tolerante; 4 – ouça para poder compreender; 5 – preserve o planeta; 6 – redescubra a solidariedade. A paz no mundo é possível, afirma a UNESCO. A proposta de Jesus e que está na Doutrina Espírita é de que as criaturas se amem uma as outras, que amem Deus e que desenvolvam o autoamor. A vida possui um significado, um objetivo psicológico que deve ser alcançado pela criatura. Seguiu-se a fase das perguntas, o que ensejou oportunidade de enriquecimento sobre pontos como doenças psicossomáticas, solidão, medo, ansiedade, a risoterapia.

Sankt Johann/Áustria 22 de maio

Sankt Johann fica localizada na região do Tirol austríaco, distante 130 km de Munique/Alemanha. Divaldo viajou na parte da tarde, lá chegando às 17h50min. Fez a conferência e retornou para Munique à noite. Essa foi à primeira visita doutrinária à Sankt Johann. Um marco no movimento espírita europeu. A cidadezinha muito agradável, lugar aprazível, acolheu Divaldo Franco e comitiva, composta por três casais de gaúchos que o acompanham neste roteiro, quatro espíritas de Munique, um de Mannheim e a intérprete da Suíça. Destaca-se que em Sankt Johann há somente um espírita que se esforça para estabelecer uma atividade espírita permanente, a quem louvamos pela atitude corajosa e destemida.

Pois bem, lá estava Divaldo, o Paladino Moderno do Evangelho, vencendo mais um desafio. Falou para um público de 39 pessoas, das quais 26 nunca haviam assistido a uma conferência espírita, desconhecendo completamente os postulados doutrinários. O evento foi no Alte Gerberei Kulturraum, moderno centro cultural. Divaldo iniciou dizendo que o ser humano alcançou os maiores níveis de conhecimento científico, porém, ainda não se descobriu como ser psicológico, conhecendo-se para tornar-se um indivíduo integral. Excursionou pelo pensamento filosófico oriental e ocidental, a mensagem de amor posta em execução por Jesus.

Como os postulados filosófico religioso, científico não pode conquistar um conhecimento satisfatório, o homem prossegue no rumo de dias harmoniosos. A felicidade, a morte do corpo físico, a constante transformação, a energia, o Espírito, foram aspectos que Divaldo apresentou, discriminando cada um deles. Em 1857 foi apresentada à humanidade uma doutrina que comprova a imortalidade da alma, sendo o ser humano a essência divina e que veio para demonstrar a origem, a natureza, o destino do Espírito e as suas relações com o mundo material.

Abordou as questões relativas à mediunidade ao longo da história da humanidade, os conceitos dessa faculdade contidos nas Obras Básicas da Doutrina Espírita codificadas por Allan Kardec. Pela primeira vez o público está ouvindo alguém a expor os postulados espíritas, a educação mediúnica, as ações e os efeitos produzidos pelos Espíritos sobre a criatura humana, seja para o bem, seja para o mal. A crença em Deus, a imortalidade da alma, a comunicabilidade dos Espíritos, a reencarnação, a vida em outros planetas e a crença em o Evangelho e Jesus, foram conceitos explanados à luz da Doutrina Espírita foram alguns pontos apresentados.

Divaldo apresentou uma síntese das cinco obras básicas da Doutrina Espírita conforme seus conteúdos filosóficos, enriquecendo-os com mensagens, de afeto, de reflexão, de amor, o amor que liberta, que produz a saúde, de plenitude, de harmonia. A intérprete, como sempre para o idioma Alemão, eficiente e dedicada, foi Edith Burkhard.

Berna/Suíça – 23 de maio

O dia 23 de maio foi de grande movimentação. Divaldo saiu às 08h00min de Munique e percorreu uma distância de 600 km entre Munique, Berna e Zurique. Após a conferência em Berna, Divaldo retornou para Zurique no início da noite, onde já havia estado para lanchar ao meio-dia. Os sinais de cansaço eram visíveis nos rostos dos que participaram da viagem. A conferência foi promovida pelo Centro de Desenvolvimento Espiritual Estesia, dirigido por Nelly Berchtold, que recepcionou todos os 61 participantes deste evento que foi realizado em agradável sala, na Rua Museumsstrasse 10.

O tema Transição Planetária e o Mundo Novo foi desenvolvido com a apresentação de uma análise psicológica e sociológica do ser humano. Divaldo expôs e discorreu sobre cada uma das as três emoções básicas, o medo, a ira e o amor. O medo dá início ao desenvolvimento psicológico da criatura humana e é a emoção predominante. O medo, por sua vez, dá origem ao surgimento da segunda emoção, a ira, que produzirá consequências fisiológicas. A terceira emoção a surgir no homem foi o amor, presente inclusive nos animais, ao exteriorizarem gestos de carinho e cuidados com suas crias.

Na evolução sociológica a culpa, com base na herança da cultura judaico-cristã, gera na consciência da criatura o sentimento de culpa, havendo, então, o arquétipo da punição, do castigo. O sentimento de culpa coletiva leva a criatura a experimentar uma forma qualquer de punição ou castigo coletivamente. Enquadra-se nesta cultura de culpa coletiva a questão do fim do mundo. Nos dias atuais, como em outras oportunidades anteriores, visando sanar seus débitos coletivos há a crença de extinção do Planeta Terra, com base no calendário Maia, segundo alguns.

Jesus já havia se referido ao fim do mundo. O apóstolo João, em o apocalipse, escreveu a respeito do fim do mundo. Porém, a extinção geológica do planeta conforme querem crer alguns, não acontecerá. Não como desejam alguns, expiando a sua culpa individual e coletiva, mas sim a extinção da moral inferior. Allan Kardec, em a Doutrina Espírita, estampada através das cinco obras básicas, afirma que a Terra é um planeta inferior e que ascenderá à um mundo de regeneração.

O período atual é de transição como o que está ocorrendo com as moedas de diversos países, ensejando a construção de uma nova fase econômico-financeira, afirmou Divaldo. Há igualmente a transição sociológica, geológica. A extinção do Planeta Terra, segundo especialistas, se dará em uma data estimada de onze bilhões de anos, devido ao esgotamento energético do Sol. Esse se constitui o primeiro motivo para a extinção do planeta terrestre.

O segundo motivo é a possibilidade de a Terra ser atingida por meteorito de grandes proporções, como no passado. Mas o homem, com seu conhecimento tecnológico, poderá anular tal fato. O terceiro motivo, continuou Divaldo, é a eclosão de uma guerra nuclear. Neste caso não haveria vencedores, pois que também seriam atingidos pelos efeitos nucleares.

A lei de destruição enumerada e analisada por Allan Kardec possui a finalidade de fomentar o progresso. Em A Gênese o codificador estuda a nova era. Ela já está acontecendo gradualmente e as reencarnações são oportunidades com que a criatura conta para realizar a sua evolução, seu progresso intelectual e moral. Esta grande transição já começou. Espíritos nobres estão reencarnando. Alguns estão encarnando, pois que são provenientes de outros planetas. Grandes filósofos do passado, os que são considerados santos, artistas, cientistas. Todos vêm para colaborar e operar a transformação moral do Planeta Terra.

A lei moral é a lei de amor. O amor deixou de ser teológico para se tornar em sentido de saúde, onde o ser exerce o amor preconizado por Jesus. O mais importante é a autoiluminação, onde o amor produz mudanças necessárias, oferecendo oportunidades de transformação íntima, emocional. O amor é o novo caminho. Qualquer outro não oferecerá à criatura humana condições de alcançar a plenitude.

A grande proposta da atualidade é o que preconiza Allan Kardec, ser hoje melhor do que foi ontem e amanhã melhor do que foi hoje, lutando contra suas más inclinações. Edith Burkhard foi a intérprete deste belo e profícuo trabalho, vertendo ao idioma Alemão a conferência de Divaldo Franco.

Zurique/Suíça – 24 de maio

A conferência de Divaldo Franco foi organizada pelas seguintes instituições: LichALL, uma entidade dedicada à promoção da paz, da iluminação interior da criatura humana e do amor; e pela Spiritistischer Verein Allan Kardec Schweis. O tema foi A Procura pela Saúde e pela Paz. Apresentaram o evento Beatrice Wiesli, da LichALLI e Valdemir Hass da SVAK-CH. A parte musical foi apresentada pelo compositor e músico Flávio Benedito ao piano. O evento foi realizado no auditório da Paróquia Católica São Paulo, na Rua Carl Spitteler-Strasse 44, em Zurique.

Os avanços da ciência em seus diversos campos apresentam soluções para várias necessidades da criatura humana, porém, essa mesma criatura humana não sentiu-se ainda inspirada para fazer a descoberta mais importante de sua vida, a iluminação interior, o despertar da consciência, encontrar o estado numinoso, segundo Carl Gustav Jung.

Ansiedade, medo, solidão e ciúme foram sentimentos abordados, oferecendo uma panorâmica sobre o amor, a saúde e a felicidade. Não a felicidade exterior, do possuir, do fruir das paixões, mas a felicidade interna, que oferece paz, harmonia, saúde. Miguel Ruiz, autor e professor mexicano, escreveu que para se obter a paz, a integridade, o autoamor, e não responsabilizar-se pelos problemas dos outros, deve por em prática quatro caminhos, ou acordos. São eles: 1 – torne sua palavra impecável; 2 – não aceite aquilo que não lhe pertence; 3 – não conclua, não suponha, aprenda a ouvir; 4 – tudo o que fizer, faça-o bem feito, sempre fazer o melhor.

Segundo Carl Gustav Jung a alegria de viver produz paz interior, e que a psique é imortal, não se destrói e avança para o estado numinoso. Além deste notável psiquiatra suíço, Immanuel Kant, filósofo alemão, deslumbra-se com a grandeza do universo lá fora e a lei moral dentro do indivíduo. Por sua vez, a Doutrina Espírita contribui, com seus postulados, para que a criatura humana alcance a plenitude.

O sentido psicológico da vida, conforme disse Divaldo, é amar. Quem ama, frisou, é feliz, possui saúde, apresenta-se desarmado contra o seu próximo. Quem deseja ser amado é ainda uma criança psicológica. O ser humano é constituído de mente e corpo, ou Espírito e matéria. Com essa visão do ser integral, o indivíduo é aquilo que ele pensa. Informou o divulgador das mensagens de amor de Jesus que, se a mente leva doença ao corpo, ela pode, também, levar saúde.

Divaldo abordou a constituição trinaria do indivíduo, Espírito, perispírito e matéria, expressa em a Doutrina Espírita, e com conclusão semelhante advogada por outros pensadores e filósofos da antiguidade e modernos. O espiritismo informa que o seu humano pode ter uma vida saudável, de paz, amando, desenvolvendo sentimentos nobres, com objetivos psicológicos.

O público presente, em número de 140 pessoas, era formado por parcela expressiva de suíços. Entre os presentes estava Márcia Weigert, Vice-cônsul do Brasil em Zurique/Suíça. Como de hábito, após intervalo seguiu-se o período de perguntas. Exteriorizando o sentido de gratidão, o público aplaudiu de pé o inolvidável pregador moderno das mensagens sublimes do Mestre nazareno.

Zurique/Suíça – 25 de maio


Estando pela 28ª vez no Stiftung G19 zur Fӧrderung globalen Bewusstseins­ – G19 Fundação para a promoção da conscientização global – na Gemeindestrasse 19, Zürich, Divaldo Franco, o divulgador inolvidável das mensagens de amor do Mestre Nazareno, apresentou o tema A psicologia da Gratidão. O evento foi promovido e organizado pelo G19 e se constituiu em homenagem ao seu idealizador André Studer. Entre os presentes, em número de 92, estava a Vice-Cônsul do Brasil em Zurique/Suíça, alguns provenientes de Londres, Luxemburgo, Viena, Mannheim, de Portugal, da Suíça e do Brasil.

Vivemos uma época de transição. Transição econômica, social e psicológica. A Organização Mundial de Saúde informa que este é o Século da depressão. Outros aspectos também se manifestam, a violência, a drogadição que se constitui um mecanismo de fuga dos conflitos existenciais. A solidão que se apresenta cada vez mais intensa, embora viva a criatura humana cercada de seus semelhantes, mas com medo e experimentando a ansiedade.

Embora a ciência tenha oferecido soluções de varia ordem, detendo o conhecimento do macro e do microcosmo, o homem ainda não soube equacionar a si mesmo, por não ter realizado a viagem interior, conhecendo-se em maior profundidade. Conhecer-se a si mesmo é uma proposta antiga e embora sabendo desta realidade, o homem parece ter perdido o endereço de si mesmo, o grande desconhecido.

Para esclarecer a importância do autoconhecimento, Divaldo, apresentou as lições e a história de Sócrates, filósofo grego, os postulados da Doutrina Espírita sobre este ponto, a necessidade de a criatura humana fazer um exame diário de sua consciência, descobrindo questões que podem ser melhoradas, reformadas, substituídas, rejeitadas, conforme o despertar consciencial de cada ser, o seu grau de responsabilidade sobre o que fez de positivo ou negativo, projetando modificar-se para melhor.

Alguns dos entraves para a realização do autodescobrimento é o egoísmo, o orgulho, a vaidade. Jesus é amor. Esse amor oferece oportunidade a cada criatura humana de aproveitar as possibilidades de reparar seus enganos, descobrindo as fontes inexauríveis do amor e a confiança irrestrita em Deus. A gratidão, disse Divaldo, é o momento elevado da vida. De acordo com a psicologia, o sentido de gratidão não é a troca de gentilezas, mas é o sentimento do sentido de amar. Retribuir todo o bem, ser grato, inclusive com as situações negativas, pois que visam à melhora moral. Desta forma Divaldo concluiu sua conferência, sendo longamente aplaudido de pé.

Zurique/Suíça – 26 de maio


O seminário A Psicologia da Gratidão foi realizado durante dois dias no G19 Fundação para a promoção da conscientização global. Iniciado com um belo momento musical apresentado pelo músico e compositor Flávio Benedeti ao piano e o barítono Maurício Virgens, Divaldo começou sua atividade se utilizando de recursos multimídia para apresentar belas imagens de Jerusalém, do mar da Galileia, do rio Jordão, do Getsemani, do deserto da Judeia, ambientando os participantes com esse cenário para expor a história verídica que se encontra publicada no livro Pequenos Milagres. Entre os 63 presentes estavam representações de Londres, Luxemburgo, Viena, Mannheim, de Portugal, dos Estados Unidos da América, da Suíça e do Brasil.

A história de ingratidão, de perdão e gratidão envolveu a família Adam Rickles, de formação judia ortodoxa. Joey, filho de Adam, por não concordar com o pai resolveu sair de casa. É uma história comovente, onde os fatos, como que guiados por mãos invisíveis, vão se sucedendo com o reconhecimento da ingratidão, do arrependimento, até a culminância do perdão e da gratidão. Disse Divaldo, há muitos motivos para agradecer a Deus e poucos para lamentar, a criatura humana necessita compreender que tudo o que lhe acontece visa o aprimoramento moral, espiritual.

A gratidão é a alegria de viver, e a psicologia da gratidão transforma as atitudes de pensar e de agir. O amor, sentimento nobilíssimo, tem o poder de elevar a criatura, fazendo com que se sinta feliz, vivendo em plenitude, fazendo com que a vida tenha um significado psicológico. A gratidão é a mensagem que se passa de um para o outro em nome do amor, sensibilizando o indivíduo, refinando sentimentos.

É necessário pensar na realidade transcendental, pois o ser humano é uma realidade extrafísica. É fundamental aprender a viver as emoções, controlando-as. Sobre o perdão, disse o Embaixador da Paz, que não é concordar com o erro, é não ter mágoa, não devolver a agressão, não guardar ressentimentos, é ser solidário com o equivocado, amando-o. O ódio, a raiva, cessa no algodão do amor. Ser grato à vida, por tudo o que acontece, ter compaixão dos infelizes, não aceitar o mal dos maus, são atitudes que produzem o bem-estar.

Zurique/Suíça – Movimento Você e a Paz - 26 de maio

A pequena semente lançada em solo fértil, no ano de 1998, bem cuidada e recebendo os impulsos generosos de seu idealizador Divaldo Pereira Franco, O Embaixador da Paz, transformou-se em frondosa árvore frutífera. Tive a honra e o privilégio de estar presente no 1º Movimento You and Peace – Você e a Paz - realizado em Zurique/Suíça na noite do dia 26 de maio de 2012. A instituição You and Peace Movement tem sua sede em Winterthur/Suíça, fundada em 2010 é dirigida por uma equipe de grande competência que tem à sua frente Gorete Newton.

Foi uma noite de grande júbilo, o ambiente do Kongresshaus Zürich encontrava-se impregnado de sentimentos nobres, pacíficos, fraternais. Mais de 250 pessoas presentes e imbuídas de vibrações pacíficas formavam um belo conjunto irradiando a paz para o Planeta Terra. Abrilhantaram os momentos iniciais deste magnífico projeto os seguintes artistas: o barítono Maurício Virgens e o pianista Flávio Benedito, que retornaram ao palco no início da segunda parte. Nando Cordel fez o encerramento musical do evento, empolgando o público, que de pé cantou a canção A Paz no Mundo.

As condecorações estavam dividas nas categorias, ecologia, ciência e fraternidade. O agraciado com o troféu You and Peace Ecology foi o jovem Felix Finkbeiner, nascido em Outubro de 1997 em Munique, é um jovem ativista ambiental. Aos nove anos de idade começou seu projeto sobre alterações climáticas, propondo a plantação de árvores em todos os países do mundo. Em sua conferência animadíssima ele informou que crianças de mais de 100 países aceitaram o convite e juntas fundaram a Fundação Plant-for-the-Planet. Mais de 10.000 crianças intitulam-se como embaixadores da justiça climática, e que se propõem com outras crianças a realizar o objetivo de lutar para salvar o futuro que está em suas próprias mãos.

Felix informou que as crianças desenvolveram um Plano de ação com três pontos para salvar seu futuro: reduzir a produção de gás carbônico, levar a pobreza para museus, e plantar bilhões de novas árvores. Seu slogan é: Pare de falar. Comece a plantar. Os jovens cidadãos do mundo pedem aos Chefes de Estado, Empresários e cidadãos que os ajudem na luta pela sustentabilidade, conforme Felix diz: A sustentabilidade não é um chavão para discursos dos domingos, mas um único conceito, para que as crianças tenham um futuro, como você mesmo teve! Nós crianças precisamos lutar por isso.

A segunda agraciada com o troféu You and Peace Fraternity foi uma instituição voltada para a prevenção ao suicídio. A instituição é a Suizid-Prävention Schweiz – Prevenção ao Suicídio – Suíça. Seu slogan é: O objetivo da vida é dar à vida um objetivo. O suicídio é a principal causa de morte na Suíça entre a faixa etária de 15 a 40 anos de idade. A Organização Suizid-Prävention Schweiz foi fundada por diversas pessoas, que perderam um filho por meio do suicídio. Possui a convicção de que a informação preventiva, detalhada e específica pode evitar muito sofrimento, afirmou a senhora Esther Humbert, presidente da instituição.

Um dos projetos desenvolvidos é o Projeto Bumerangue – Projekt Boomerant -, cujo tema em especial é: "Jovem, Depressão e Suicídio". Seus objetivos são: com um pouco de ajuda o suicídio pode ser evitado; mostrar e conscientizar às pessoas sobre os perigos do suicídio; a população deve estar ciente de que a segunda causa principal de morte entre os jovens é o suicídio; fornecer trabalho educacional e apontar também que há soluções para muitos problemas; e criação de grupos de apoio para pais cujos filhos estão em uma fase difícil de vida.

Na categoria You and Peace Science a agraciada foi a física, filósofa e escritora Dra. Danah Zohar. Nascida educada nos Estados Unidos, a cientista é reconhecida mundialmente pelo seu trabalho nos campos da filosofia, religião e psicologia. É autora dos best-sellers The Quantum Self e The Quantum Society, livros que alargam os princípios da física quântica à compreensão da consciência humana, psicologia e organização social.

Disse a Dra. Danah Zohar que a investigação e pesquisa sobre a inteligência espiritual não está ligada a qualquer segmento religioso, mas que se constitui na capacidade que auxilia o ser humano a encontrar um sentido para a vida. Esse sentido é o impulsionador para que o indivíduo avance. A criatura humana é o único ser que faz perguntas sobre sua origem, quem é, seu destino, qual a sua missão.

Essas indagações se constituem em busca infinita desse sentido para a vida. A resposta obtida, afirmou, é o sentido, o objetivo espiritual. Deus está na criatura humana, sendo essa o pensamento de Deus. O amor, continua a notável pesquisadora, é a força fundamental e o dever do ser humano é difundir o amor ao redor do mundo agregando as criaturas, curando as pessoas e o mundo. É necessário realizar o exercício efetivo do amor. Ele é a paz. Quem não ama, não se ama, não pode amar o mundo.

Todos os troféus foram entregues pelo mentor deste grandioso movimento Divaldo Pereira Franco, que em sua conferência prestou informações sobre os esforços que a UNESCO realiza em prol da paz. A paz não pode ser criada e mantida através de acordos econômicos, sociais ou políticos. Todos os acordos fracassaram. Em conformidade com a Constituição da UNESCO, que afirma que, como as guerras nascem na mente dos homens, é na mente dos homens que as defesas da paz devem ser construídas. A paz baseada exclusivamente nos arranjos políticos e econômicos dos governos não seria uma paz que pudesse se perpetuar entre os povos do mundo.

A paz deve ser fundamentada sobre a solidariedade intelectual e moral da humanidade. Na atual conjuntura, com mudanças rápidas, com crises múltiplas, a interconectividade, a diversidade cultural são fatores que dificultam a coesão social. Jesus e sua proposta de amor, possibilita aos indivíduos construírem a paz dentro de si ao exercitarem a tolerância, não ser conivente com o erro, mas amparar o equivocado. Ouvir mais para poder compreender melhor, trabalhar pela preservação do Planeta, contribuir para a diminuição da poluição mental, redescobrir a solidariedade é um gesto de amor que constrói a paz íntima e coletiva.

A paz é uma grande necessidade. Começa na própria criatura humana, cujo seu estado natural não é de violência, mas de paz. O objetivo essencial da vida, disse o Embaixador da Paz, é o amor, o sublime amor.

Um grande momento se deu ao final, quando todos em uníssono cantaram canções sobre a paz, coordenado por Nando Cordel.

Zurique/Suíça – 27 de maio

Dando continuidade ao seminário, com o mesmo número de participantes do dia anterior, sobre A Psicologia da Gratidão, Divaldo trabalhou as questões do mito, que segundo Carl Gustav Jung faz parte da vida do ser humano e está presente em toda a história evolutiva dos indivíduos. Os mitos estão no inconsciente e fazem parte da vida. Jean-Martin Charcot, médico e cientista francês, professor no Hospital da Salpêtrière, em Paris/França, através de suas experiências hipnóticas, juntamente com Pierre Janet, psicólogo e neurologista francês, escreveram a primeira tese sobre o subconsciente. É a primeira tese materialista contra a mediunidade, informou Divaldo.

Carl Gustav Jung descobre que a criatura humana possui dois inconscientes: o individual e o coletivo. A consciência é somente 5%, os demais 95% se constituem no inconsciente. Jung encontra a palavra arquétipo para designar as impressões antigas, as heranças que governam a vida. Classificou, também, o Ego como sendo a aparência e o Self a realidade, ou Deus, que é o arquétipo primordial. E Vai explicando a teoria de Jung dos arquétipos. A sombra, ou a ignorância, é o arquétipo que vige no ser humano.

Divaldo alertou que todos os que exercem a faculdade mediúnica devem possuir uma autodisciplina muito grande, evitando dissabores. O médium deve ter muito cuidado com suas relações afetivas. Por ser muito sensível, está sujeito a muitas ciladas, podendo cair nestas armadilhas. O médium deve ter uma vida interior intensa, deve ser gentil, manter certa distância para defender-se e proteger os outros. A mediunidade tem, ainda hoje, algo de místico, que atrai as pessoas para as questões puramente fenomênicas. O médium deve se perguntar o que quer da vida, conhecer-se, para não confundir seus anseios e ideais com a comunicação mediúnica.

Divaldo se utilizou de uma análise sobre a lenda de Perseus para falar a respeito dos conflitos que a criatura humana possui. O conflito entre o ego e o self. Na vida de todos existem áreas secretas onde estão guardados os sentimentos mais profundos. Identificar esses conflitos, compreendê-los para poder realizar a viagem interior, dissipando a sombra interna, até alcançar a iluminação, a luz interna que se irradia, que Carl Gustav Jung denomina de estado numinoso.

O seminário A Psicologia da Gratidão, realizado em dois dias, contou com uma dinâmica sobre a gratidão. Em um local identificado como o Muro da Gratidão, cada um poderia escrever o seu sentimento de gratidão. Em momento próprio, Divaldo selecionou alguns destes agradecimentos para uma breve análise. A intérprete Edith Burkhard realizou um trabalho eficiente e de qualidade.

Zurique/Suíça – 28 de maio

A conferência sobre Vida e Mediunidade desenvolvida no G19, na manhã do feriado de Pentecostes, teve como intérprete a dinâmica Edith Burkhard.

O experiente médium e orador espírita Divaldo Franco apresentou uma síntese sobre a vida da criatura Humana que se constitui em um complexo psicológico. Alguns seguimentos científicos classificam o indivíduo diferentemente. Para o psicólogo a vida é emoção; para o psiquiatra a vida é a mente; para o filósofo é o ideal; para o artista a vida é a imaginação. No entanto ela transcende a essas definições e de sua forma biológica.

A criatura humana se apresenta portadora de características que a difere dos animas. Ela possui personalidade, conhecimento, identificação com os semelhantes, e consciência. Com relação à consciência ela é estudada e classificada sob sete níveis. 1º – a consciência de sono; 2º - a consciência desperta; 3º – a consciência de si mesmo; 4º – consciência objetiva ou cósmica; 5 – consciência transcendente, presente em toda a história evolutiva do homem.

No 3º nível, a consciência de si mesmo, a criatura descobre que vive em uma máquina e que deve apreender a administrá-la. Essa máquina possui sete funções. A intelectual, a emocional, o instinto, a motora, a polaridade sexual, a emotiva superior, e a intelectiva superior. Ao longo de sua trajetória evolutiva, no corpo ou fora dele, o indivíduo vai se estruturando para alcançar a plenitude.

A criatura humana, além dos cinco sentidos é portadora de um sexto sentido, denominado por Allan Kardec de mediunidade, catalogando as suas características por ocasião de seus estudos sobre esta fenomenologia. Há duas classes de portadores, a ostensiva e a natural. Este sexto sentido recebeu vários nomes conforme as diversas culturas. No espiritismo chama-se faculdade mediúnica e seu portador de médium.

Em se tratando das influências espirituais, o experiente médium e orador espírita aconselhou a viver de tal forma, no campo moral, que as de caráter negativo possam ser anuladas, ou pelo menos diminuídas em intensidade. O sentido psicológico da vida, disse, pode ser sintetizado no amor, pois que o amor faz com que a criatura humana avance rumo ao infinito. Deu claras indicações de como se deve proceder para a educação da mediunidade.

Ao final da conferência, Divaldo agradeceu a recepção fraternal, a acolhida e o carinho com que a direção do G19 e demais instituições o acolheu. Externou sua gratidão aos participantes de todos os eventos, bem como a todas as demais pessoas envolvidas nos diversos programas realizados na Suíça. Inúmeras pessoas foram citadas. Dentre essas destacamos Andrea Bernhard e Theres Studer, viúva do idealizador da instituição, Gorete Newton, Beatrice Wiesli e Valdemir Hass . Todos, sem nenhuma exceção, comentou Divaldo, foram de uma capacidade inigualável, dedicando-se com carinho e afeto, durante a sua permanência na Suíça, dizendo que a gratidão é uma dívida que se deve carregar por toda a vida.

Milão/Itália – 29 de maio

Após empreender uma viagem de trem, com duração de quatro horas, Divaldo Franco, O Paulo de Tarso dos Dias Atuais, saindo de Zurique/Suíça, chegou a Milão/Itália. Tão logo chegou, deixou sua bagagem no hotel e meia hora depois já estava visitando a Associazione Sentieri dello Spirito, Milano, fundada em 1996. Recebido com grande júbilo, manteve contato fraternal com os colaboradores da Associação, percorrendo as instalações.

Pela manhã a cidade Milão sofreu a ação secundária de um terremoto que aconteceu no noroeste da Itália. Classificado como forte, o terremoto de magnitude 5,8 atingiu a região de Emilia Romagna, no norte da Itália. Ocorreu às 9h locais (4h de Brasília) e foi sentido em Parma, Bolonha e Milão, repetindo-se mais tarde, às 12h55min.

Transição Planetária, para um mundo de paz, foi o tema que Divaldo Franco, o médium espírita e orador por excelência, abordou na noite do dia 29 de maio em Milão/Itália. O evento promovido pela Associazione Sentieri dello Spirito e com o patrocínio da Provincia di Milano, foi apresentado nas modernas e confortáveis instalações do Provincia di Milano Centro Congressi, via Corridoni 16 – Centro. Estavam presentes, entre os mais de quinhentos participantes, delegações de várias cidades da Itália, da Suíça, dos Estados Unidos da América, Espanha, Suécia, Brasil, entre outros.

Antes da conferência Divaldo concedeu uma entrevista para o Jornal Libero, de Milão. Divaldo solicitou um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do terremoto ocorrido no norte da Itália, ocorrido na manhã do dia 29 de maio. Tendo como intérprete ao idioma italiano a dedicada e ativa Regina Zanella, o Embaixador da Paz discorreu sobre o sentimento de culpa. É um arquétipo herdado da desobediência à Lei Divina com base na mitologia do pecado cometido por Adão e Eva. O ser humano além de desenvolver o sentimento de culpa individual, desenvolveu também a culpa coletiva.

Com base nessa culpa, individual e coletiva, a criatura humana idealizou a sua punição. Assim, atendendo ao impositivo da punição, o homem experimenta ou busca experimentar a punição. Na atualidade essa punição esta exarada no sentimento da extinção do Planeta. Apresentando as conclusões de estudos sérios promovidos por autoridades conhecedoras dos Povos Maias, Divaldo disse que o calendário Maia não preconiza a extinção, ou aniquilamento do Planeta. Com dados desse estudo informou que o que termina é um ciclo, iniciando-se outro concomitantemente. O ciclo que se inicia, marcado no calendário Maia, se caracteriza pela felicidade, pela conquista da plenitude.

Os abalos sísmicos dos primeiros anos do Século XXI estão dentro dos padrões de normalidade, tanto em quantidade quanto em intensidade, dizem os estudiosos da geologia, da sismologia. Porém, informam que o Planeta Terra, com base nos estudos e projeções atuais, irá se extinguir daqui a onze bilhões de anos, quando o Sol deixará de existir.

Fazendo reflexões sobre o Evangelho de Jesus, o incansável orador baiano disse que Jesus é o maior profeta, e o maior psicanalista que a humanidade já conheceu. Os psicoterapeutas da atualidade recomendam a terapia do Evangelho. As mensagens de amor, o exemplo demonstrado pelo Mestre Galileu sintetizam todos os códigos de conduta anteriormente constituídos. Amar a Deus, ao próximo como a si mesmo é a mensagem inolvidável com poder de libertar a criatura humana.

O Sermão Profético, narrado por Lucas, Cap. 13, foi analisado pelo conferencista que apresentou os fatos resultantes daquelas profecias de há dois mil anos. Todas se realizaram com absoluta fidedignidade. O Espiritismo, com seus postulados, foi objeto de explanação. A evolução dos mundos, o atual estágio científico e tecnológico, ainda não foi o suficiente para que o homem despertasse para realizar a sua maior viagem, a interior, conhecendo-se verdadeiramente, dissipando a sombra que ainda vige em o ser humano.

Solidão, medo e ansiedade, emoções dissolventes que podem ser trabalhadas à luz dos conceitos filosóficos, éticos e morais preconizados pelo espiritismo codificado por Allan Kardec. A conduta moral inferior, ainda praticada pela criatura humana, irá desaparecer, e por conseguinte o mundo de provas e expiação, dando lugar a um mundo de regeneração, conforme ensina Allan Kardec. O amor é o caminho mais suave para a realização dessa atual transição planetária. Os aplausos irromperam com entusiasmo e o público de pé demonstrou imensa gratidão ao divulgador incansável de o Evangelho de Jesus.


Divaldo Franco dá sequência ao ciclo de conferências no continente europeu


No período de 30 de maio a 4 de junho, o orador falou em várias cidades da Alemanha e também na Holanda

O dinamismo de Divaldo Franco, aos 85 anos de idade, completados no início de maio, é impressionante, como mostra a presente reportagem que focaliza as conferências por ele realizadas nas cidades de Berlim, Hamburgo, Essen, Bonn e Amsterdã, no período de 30 de maio a 4 de junho.

Berlim/Alemanha – 30 de maio

Na manhã do dia 30 de maio, Divaldo viajou de Milão/Itália para Berlim/Alemanha em um voo com duração de 2h15min. Ao entardecer, proferiu uma conferência sobre Transição Planetária no Studien-und Arbeitsgruppe Joanna de Ângelis e. V. – Grupo de Trabalho e Estudos Joanna de Ângelis. Em clima de fraternidade, amizade e hospitalidade, Divaldo e o grupo que o acompanham desde o Brasil foram carinhosamente recebidos.
Com o apoio da intérprete Edith Burkhard, o Embaixador da Paz informou aos oitenta e oito presentes que as mudanças de ordem econômica, política, social, ecológica e as ocorrências sísmicas fazem parte da transição terrestre. Periodicamente, atendendo ao sentimento de culpa coletiva, os indivíduos buscam a punição ou castigo, devido à herança do pecado original, tipificado pelo mito bíblico de Adão e Eva, e por sua crença no propalado fim do mundo.

Durante a Conferência


Divaldo e Jocélia

Visando a extinguir ou diminuir a intensidade da culpa, a moderna psicologia propõe a substituição do sentimento de culpa para o de responsabilidade. O arquétipo de culpa é tão perverso que periodicamente a criatura humana elabora uma punição, ou castigo, que geralmente se traduz pelo fim do mundo – fim do planeta Terra.
Na atualidade, essa punição está exarada no sentimento de extinção do planeta. Apresentando as conclusões de estudos sérios realizados pelo mais respeitável antropólogo da atualidade, o Dr. Orlando Cassares, estudioso da cultura Maia, o Semeador de Estrelas afirmou que os Maias não acreditavam no fim do mundo ou na extinção do planeta Terra. Seu calendário, além dos dias e anos, era constituído por eras e ciclos. O 5º ciclo termina em 12 de dezembro de 2012, iniciando-se outro concomitantemente.

O ciclo que se inicia marcado no calendário Maia se caracteriza pelo progresso, pela felicidade, pela conquista da plenitude. Os abalos sísmicos dos primeiros anos do século XXI estão dentro dos padrões de normalidade, tanto em quantidade quanto em intensidade, dizem os estudiosos da geologia, da sismologia. Contudo, informam eles que o planeta Terra, com base nos estudos e projeções atuais, irá se extinguir daqui a onze bilhões de anos, quando o Sol deixará de existir.
Fazendo reflexões sobre o Evangelho de Jesus, o incansável orador baiano disse que Jesus é o maior profeta, é o maior psicanalista que a humanidade já conheceu. Suas mensagens de amor e seus exemplos sintetizam todos os códigos de conduta anteriormente constituídos. Amar a Deus e ao próximo como a si mesmo é a mensagem inolvidável com poder de libertar a criatura humana.
Os Espíritos perversos não reencarnarão mais na Terra enquanto não adquirirem o aperfeiçoamento moral. No mundo de regeneração as doenças degenerativas deixarão de existir. A nova geração será mais psicológica, isto é, com criaturas dotadas de aperfeiçoamentos psicológicos. A transição planetária convida os indivíduos a uma mudança interior, ao cultivo da bondade, à prática do bem, ao exercício da solidariedade, da compaixão. Amar mais e queixar-se menos, ser menos egoísta, são as soluções apontadas pelo Espiritismo codificado por Allan Kardec. O amor é o caminho mais suave para a realização dessa atual transição planetária.
Finda a palestra, os aplausos irromperam com entusiasmo e o público de pé demonstrou imensa gratidão ao divulgador incansável do Evangelho de Jesus.

Hamburgo/Alemanha – 31 de maio

Pela manhã, Divaldo viajou de Berlim a Hamburgo. Foi uma viagem de 280 km percorridos em um trem de alta velocidade em 1h40min aproximadamente. Foi recepcionado, juntamente com o grupo de amigos que o estão acompanhando, por Mariley Lopes Stoll, presidente do Grupo Fraterno de Estudos Espíritas Irmã Scheilla, de Hamburgo, fundado em 1990, entidade promotora da conferência Transição Planetária, proferida por Divaldo Pereira Franco.
Antes da conferência, Divaldo foi entrevistado pela repórter Pêtra Sorge dos Santos, da Rádio Triângulo. O evento foi realizado na sala de conferências da Igreja Evangélica Luterana Santa Gertrudes.

Divaldo e os dirigentes


Divaldo e o público

Divaldo, nesta jornada pela Europa e dada a curiosidade que o tema desperta, foi solicitado a falar inúmeras vezes sobre a transição que ora se verifica no planeta Terra. Com a sempre eficiente intérprete Edith Burkhard, o Arauto do Evangelho de Cristo disse que todo o processo evolutivo experimentado pelo homem e pelo planeta Terra se deu através de ciclos. Os sumérios, os babilônios, os egípcios, os gregos, os romanos tiveram seus momentos de crescimento, de apogeu e de declínio, transformando-se. Foram exemplos de que os ciclos evolutivos acontecem sistematicamente, visando ao aperfeiçoamento moral da criatura humana, com a transformação da vida no planeta para melhor. Nos dias atuais há certa inquietação produzindo insegurança, aflição. O homem hodierno passa por situações de mudanças no campo da economia global, na política, das relações sociais, gerando ou ampliando os sentimentos de medo, de solidão, de ansiedade.

O calendário Maia foi abordado e Divaldo lembrou que os Maias não possuíam em sua cultura o entendimento do fim do mundo. Seu conhecimento preciso estava fundamentado na evolução que acontece através da ocorrência de ciclos sucessivos. Assim como a vida da criatura humana vai-se sucedendo encarnação após encarnação, a vida moral também alcança o progresso conforme cada ser se aplica ao autoconhecimento, ao autoamor. Os conceitos da Doutrina Espírita, o Sermão Profético de Jesus, o amor, foram explanados, dando a todos o entendimento de que amar é a grande solução para a criatura humana, porque sobretudo atende aos preceitos que Jesus de Nazaré legou ao mundo.
Finalizado seu trabalho, Divaldo foi homenageado pelos integrantes da entidade promotora do evento pelos seus 85 anos de idade, completados em 5 de maio. Foram momentos agradáveis, de alegria e de reconhecimento, de gratidão a Divaldo e ao seu trabalho incessante em prol da paz, da regeneração, do amor incondicional ao semelhante, do perdão, pois que Divaldo Franco expressa fielmente, na prática diária, o que vem expondo ao longo de sua existência. A homenagem foi um gesto carinhoso de dizer-lhe: Te amamos.

Essen/Alemanha – 1º de junho


Saindo de Hamburgo pela manhã, Divaldo chegou a Colônia às 11h05min em um voo de 55 minutos. Recepcionado no aeroporto por amigos, fez mais 35 minutos de carro até Bonn. Ao entardecer, viajou de carro para Essen. O percurso foi feito em 1h30min. A conferência foi realizada em uma sala da Bere-med Praxis für Podologie, de Sulamita Flӧder. A atividade foi promovida pelo Präventionszentrum Bottrop – Centro de Prevenção Bottrop, dirigido por Kay Kreutzfeldt, que recebeu o notável orador e médium e foi seu intérprete para o idioma alemão. Logo após o término da conferência, Divaldo retornou para Bonn, preparando-se para o Seminário que se iniciaria no dia seguinte.
Diretrizes para uma Vida Feliz foi o tema que sessenta pessoas acompanharam,

Divaldo e dirigentes


Divaldo e Sulamita

vivamente interessadas. Divaldo Franco falou sobre os arquétipos, informando que eles são as tendências, os transtornos comportamentais. Destacou que quando as criaturas fingem saber, quando enquadram o seu semelhante segundo a ótica do seu comportamento moral, a utilização da mentira, da astúcia, leva o homem a viver infeliz. Traçou o perfil psicológico das criaturas segundo a classificação de Peter Ouspensky. As criaturas fisiológicas, aquelas que comem, dormem e fazem sexo, e as criaturas psicológicas, que além das funções fisiológicas possuem ideais, amam, apreciam a beleza, a arte a cultura, trabalham comunitariamente, estabelecem o progresso.

Para contribuir com o despertar psicológico do ser humano, Divaldo elencou, segundo estudiosos do comportamento humano, os seus quatro inimigos: a rotina, a ansiedade, o medo e a solidão. Sobre cada um desses inimigos traçou características, facilitando o processo do autoconhecimento por parte das pessoas. Visando a solucionar as dificuldades experimentadas pelas criaturas humanas, o Embaixador da Paz apresentou a proposta do amor conforme o Mestre galileu preconizava.
Possuir um sentido para a vida, encontrar o seu significado psicológico, é tarefa que cada um deve empreender exercitando o amor. Amar a si mesmo, ao próximo e a Deus é a condição única para o homem construir a plenitude, encontrar-se com a felicidade, conforme se pode encontrar, como orientação, nas obras básicas da Doutrina Espírita. O Evangelho de Jesus é o mais notável código de ética moral e que se encontra sintetizado no exercício do amor.
Os ideais, as aspirações superiores dão um sentido de amor muito grande. O autoamor tem a finalidade de tornar para melhor a criatura humana. A autoconsciência é respeitar o próximo, não lhe fazendo o que não deseja para si. As diretrizes para a felicidade são encontradas no exercício do amor, perdoando e aceitando o próximo como ele se apresenta, desenvolvendo o sentido de viver, ou psicológico. Amar sem esperar qualquer retorno. No amor encontrará o homem a sua felicidade, finalizou o notável orador de Feira de Santana/BA.


Bonn/Alemanha – 2 e 3 de junho

Como vem acontecendo há vários anos, o seminário realizado pelos espíritas da região, este ano sob a coordenação do Freundeskreis Allan Kardec-Düsseldorf e.V., revestiu-se de momentos grandiosos, onde as emoções afloraram sob a condução de Divaldo Pereira Franco, que sabe dedilhar as fibras dos corações, retirando notas de beleza incrível. Para esse trabalho Divaldo contou com Edith Burkhard, como intérprete para o idioma alemão.
O tema foi A Psicologia da Gratidão. Estavam presentes delegações da Áustria, Suíça, Ducado de Luxemburgo, Bélgica, França, Espanha, Holanda e Brasil. Entre os duzentos participantes se encontravam pessoas de várias localidades da Alemanha. Após o momento musical a cargo do pianista Flávio Benedito, Divaldo apresentou imagens de diversos locais por onde Jesus passou, em sua missão de apresentar à humanidade a mensagem do amor incondicional, incluindo o hoje denominado Muro das Lamentações.

Divaldo com a intérprete


Divaldo com os dirigentes

As considerações sobre a gratidão vão-se sucedendo e Divaldo, demonstrando gratidão, vai abordando sua própria gratidão a Jesus, o incomparável Mestre. A gratidão é sentimento bastante raro no coração do homem. Estudiosos do comportamento humano, realizando experiências, descobriram que as pessoas que são gratas possuem melhores condições de saúde. Os que não são gratos e possuem sentimentos negativos estão mais sujeitos ao aparecimento de patologias diversas. Possui a criatura humana todas as possibilidades de ascender na escala evolutiva, encontrando-se no melhor momento, com o melhor instrumento para lapidar o ser imortal, independente do julgamento que se possa fazer, bom ou mau.
Ser grato a Deus, a esse universo de bênçãos, à vida. A vida por si mesma é um poema de gratidão. Para ilustrar a gratidão, o Arauto do Evangelho narrou a história da família Rickles, de formação judia ortodoxa. Joey, filho de Adam, não concordando com o pai, resolveu sair de casa. História comovente, real, contida no livro Pequenos Milagres, da escritora Yitta Halberstam, no qual os fatos se apresentam aos olhos mais atentos como que guiados por mãos invisíveis e se sucedem, um a um, com o reconhecimento da ingratidão, do arrependimento, até a culminância do perdão e da gratidão.
Vale a pena não carregar mágoa, disse o incansável orador. Cada um pode ser grato à vida em seus menores detalhes, diminuindo o egoísmo que ainda vige em cada criatura. Os arquétipos, os mitos, foram trabalhados. Eles fazem parte do homem desde os seus primórdios e, de geração em geração, chegaram aos dias atuais. O Mito de Perseu foi utilizado para que o público pudesse conseguir identificar, ou identificar-se com o quê ou quem, na narrativa do mito.
Após a dinâmica com o público, Divaldo salientou que a criatura humana deve ser grata a Deus por tudo o que Ele proporciona, ser grata em todos os momentos, bons ou não, pois que tudo o que acontece tem em vista o crescimento moral, intelectual e espiritual.
Foi um dia de ricas experiências e aprendizado. Cada um foi repousar com o sentimento de que deve, cada vez mais, ser grato, indistintamente.
No domingo, dia 3, o seminário com a temática baseada na gratidão, teve prosseguimento. Inicialmente o Semeador de Estrelas solicitou aos participantes que esquecessem seus conflitos e programassem uma vida nova, cheia de gratidão, pois que a vida só possui sentido quando a criatura humana for grata. Ilustrando o sentimento de gratidão, Divaldo narrou fatos, histórias, que produziram no público a emoção necessária para o despertar da gratidão.
Joanna de Ângelis em seu livro Psicologia da Gratidão, psicografado por Divaldo Franco, oferece doze reflexões sobre a gratidão, sobre as quais o conferencista discorreu. São elas: 1. Ser grato à vida pela oportunidade de existir. 2. O ser psicologicamente maduro é aquele que nutre o sentimento da gratidão. 3. Ser grato é não se limitar ao ato de recompensa. 4. Quando se é grato, nunca se experimenta nenhum tipo de decepção ou queixa, porque nada espera em resposta ao que realiza. 5. O ser grato sabe que a vida é constante movimento, portanto, não se deixa atormentar pelas constantes mudanças. 6. O ser grato sabe transformar o mal que lhe acontece em oportunidade de crescimento. 7. O ser grato é humilde e sente alegria em servir. 8. O ser grato, mais do que a felicidade, busca o sentido existencial. 9. O ser grato busca sua harmonia interior. 10. O ser grato é emocionalmente saudável. 11. O ser grato busca a paz. 12. O ser grato torna-se um instrumento da ação divina.
Similar ao Muro das Lamentações, em Jerusalém/Israel, Divaldo Franco estabeleceu o Muro da Gratidão, onde os participantes do seminário puderam escrever seus sentimentos de gratidão. Foram selecionadas algumas mensagens dentre as dezenas afixadas sobre o painel, que o Paulo de Tarso dos Dias Atuais comentou, elucidando e apresentando considerações sobre esses sentimentos de gratidão. A gratidão é a assinatura de Deus colocada na Sua obra... (Joanna de Ângelis in Psicologia da Gratidão, cap. 1, psicografia de Divaldo Franco.)
Momentos de grande enlevo foram proporcionados nos diversos momentos musicais protagonizados por três excelentes músicos: Warren Richardson, Maurício Virgens e Flávio Benedito. Finalizando a atividade, Divaldo agradeceu às delegações provenientes do Ducado de Luxemburgo, Espanha, França, Suíça, Áustria, Portugal, Bélgica e Brasil. Externou sua gratidão ao Grupo Espírita que organizou o evento, sob a liderança de Tereza Matos, e a todas as outras pessoas que colaboraram para a grandiosidade do encontro, nomeando-os. Disse também que estava agradecido a cada um dos participantes que souberam abrilhantar todos os momentos do seminário, rogando a Deus que a todos abençoe, dizendo que, aconteça o que acontecer, deve-se sempre agradecer ao Pai Celestial.
O público, em gratidão pelo elevado padrão das informações recebidas e consciente de que foram todos estimulados a empreender esforços na conquista da plenitude, aplaudiu de pé e demoradamente o magnífico orador e médium espírita.

Amsterdã/Holanda – 4 de junho

Ao entardecer de domingo, 3 de junho, Divaldo viajou para Amsterdã. Foi uma viagem de 3h de carro. Eram 22h30 quando os brasileiros que o estão acompanhando chegaram ao hotel após viagem de trem, realizando duas conexões. Vida, Desafios e Soluções foi o titulo da conferência realizada por Divaldo Franco, o Semeador de Estrelas. O evento foi promovido pelo Nederlandse Raad voor het Spiritisme – Conselho Espírita Holandês – capitaneado por Maria Moraes e sua equipe de eficientes colaboradores. Teve como intérprete a dedicada Joyce Leeuw. A sala do Mirror Centre in de Grote Zaal, Ter Gouswstraat 3, Amsterdã, ficou repleta com cento e trinta pessoas.

Divaldo com a intérprete


Maria Moraes

Os estudiosos têm muitas dificuldades de definir a vida. Para o psicólogo, a vida são as emoções, para o artista é a beleza, para o físico a vida é a organização física da criatura humana e dos animais. A vida, disse Divaldo, é um milagre. Seu Criador é um grande construtor, é também um grande químico. Seus biótipos, desejos e aspirações, sua inteligência fazem da criatura humana um ser singular. Em seu início a criatura humana só possuía sensações imediatas, lentamente foi transitando das sensações para as emoções, e desenvolvê-las é o grande desafio a ser enfrentado.

Personalidade, conhecimento, identificação, consciência e a individuação formam as características de um ser humano. Discorrendo sobre cada uma delas, Divaldo apresentou os cinco níveis de consciência: consciência de sono; consciência desperta; consciência de si mesmo – nesse nível há as sete funções da máquina, o ser humano, que será descrito a seguir –; e a consciência objetiva ou cósmica.
Compreendendo que o ser humano é uma máquina muito singular, e conhecendo suas funções, pode-se controlá-la. As funções da máquina são: 1ª – intelectiva; 2ª – emocional; 3ª – instintiva; 4ª – motora; 5ª – sexual; 6ª – emocional superior; e 7ª – intelectiva superior. Divaldo, ao expor cada um dos níveis de consciência e as funções da máquina, discorreu com detalhes enriquecedores, permitindo um entendimento claro sobre o homem psicológico, seus desafios, seus conflitos, suas soluções.
Dentre os desafios a serem enfrentados pelo homem moderno, está a depressão, que é gerada por diversos fatores. A solução para esse desafio, e tantos outros, é o ser humano realizar a viagem que ainda não experimentou empreender. Trata-se da viagem interior, mergulhar dentro de si mesmo e identificar seus conflitos, suas virtudes. A Doutrina Espírita demonstra a realidade divina do ser humano e apresenta as respostas para os seus problemas.
Concluído seu trabalho, o Semeador de Estrelas respondeu a diversas perguntas, lançando luzes sobre alguns pontos que lhe foram propostos. Atendeu, depois, inúmeras pessoas através dos autógrafos, dos cumprimentos, das conversas fraternas.
Divaldo é um grande referencial, pois que demonstra e executa exatamente os postulados que compõem suas conferências e seminários. É o testemunho ativo, vivo, da mensagem inigualável do Mestre galileu, que é amar incondicionalmente a si mesmo, ao próximo e a Deus.


Divaldo participa em Helsinque do lançamento d’O Livro dos Médiuns em finlandês

No período de 5 a 10 de junho, o conhecido orador falou em quatro diferentes países: Noruega, Finlândia, República
Tcheca e Áustria


Oslo, Helsinque, Praga e Viena foram as cidades visitadas por Divaldo Franco neste ciclo de conferências que vem realizando na Europa desde o início de maio (fotos). A idade avançada – 85 anos –, que seria um obstáculo para muitas pessoas, parece não afetar o dinâmico confrade.


Oslo/Noruega – 5 de junho

Na manhã do dia 5 de junho, após cumprir seus compromissos em Amsterdã/Holanda, Divaldo viajou a Oslo/Noruega em um voo com duração de 1h45min. Ao entardecer da bela Oslo, às 18h, Divaldo deu início à sua conferência sobre a Comunicabilidade dos Espíritos. O evento foi promovido pelo Gruppen for Spiritistiske Studier Allan Kardec (GEEAK-Norge) – Grupo de Estudos Espíritas Allan Kardec, sob a direção de Maria Cristina Latini. Em clima de fraternidade, amizade e hospitalidade, Divaldo e o grupo que o acompanha desde o Brasil foram carinhosamente recebidos pelos espíritas da Noruega.
Com o apoio da intérprete Ellen Stokland, o Semeador de Estrelas apresentou o tema para mais de cento e vinte pessoas, dentre essas um expressivo número de noruegueses. Disse o arauto do Evangelho que o tema proposto é de profundo significado psicológico. Tomando por base a frase “a História é a pedra de toque que desgasta o erro e faz brilhar a verdade”, de Cícero, o grande filósofo latino, Divaldo esclareceu que nada permanece velado por muito tempo, e a mediunidade é uma destas ocorrências que no passado estava proscrita.
Graças ao trabalho do insigne codificador da Doutrina Espírita Allan Kardec, recebendo as informações da dimensão extrafísica, chegou à Humanidade, a partir da segunda metade do século XIX, o Espiritismo.

Público

Divaldo com Ellen e Cristina

Divaldo e amigos

Divaldo e grupos da Escandinávia

Para que todos pudessem entender a universalidade do fenômeno mediúnico, Divaldo apresentou o caso emblemático ocorrido com o então Cardeal Eugênio Pacelli que, em contato mediúnico espontâneo com o Papa Pio X, já desencarnado fazia vários anos, ficou sabendo que seria eleito o próximo Papa. Passaram-se os dias e Eugenio Pacelli foi eleito Papa Pio XII. A história da humanidade é rica de fenômenos desta natureza, pois em todas as épocas os Espíritos se comunicaram com os encarnados.

No século XIX, Allan Kardec apresentou farta documentação comprovando as manifestações mediúnicas, denominando a nova doutrina de Espiritismo. Divaldo apresentou os fundamentos da Doutrina Espírita, discorrendo sobre cada um deles. Discorreu a respeito de Jesus, como homem, psicoterapeuta, o primeiro, na história da humanidade, a falar de amor como meio de libertação do ser humano e de praticá-lo, sobretudo. A mensagem imorredoura do Mestre por excelência é o amor. Amar a si mesmo, amar ao próximo, e por extensão, amar a Deus, aí está o caminho natural para o ser humano alcançar a plenitude, autoiluminando-se.
Várias questões foram formuladas, oportunizando a Divaldo o ensejo de aprofundar alguns conceitos. Demonstrando gratidão, os noruegueses e brasileiros, entre outros que ali se encontravam, aplaudiram entusiasticamente a Divaldo Franco, o incomparável médium e orador espírita, desbravador por excelência, incentivador e divulgador incomum da Doutrina Espírita e das mensagens de Jesus de Nazaré.

Oslo/Noruega – 6 de junho


Dando prosseguimento à sua atividade doutrinária na Escandinávia, Divaldo apresentou o seminário O Papel do Espírita no Mundo em Transição. Esta atividade foi direcionada somente para os brasileiros radicados na Noruega, na Suécia e na Dinamarca, numa promoção do Grupo de Estudos Espíritas Allan Kardec – GEEAK-Norge. O ambiente estava harmônico, agradável. A alegria dos encontros e reencontros de corações afetuosos contagiava a todos. A expectativa de júbilo deixava cada qual sintonizado no mais além, fruindo bênçãos dos benfeitores. O encontro notável contou com cerca de sessenta pessoas desejosas de informações doutrinárias.
Divaldo Franco apresentou uma visão global do planeta Terra, as conquistas tecnológicas, científicas e sociais. A criatura humana teve a capacidade de sondar e conhecer o macrocosmo, mas ainda não realizou a grande viagem, a viagem para dentro de si mesma, alcançando o autodescobrimento, o autoamor. Allan Kardec, o insigne codificador da Doutrina Espírita, contando com Espíritos Superiores, balizou o caminho que o ser humano deve empreender para o autoencontro, decodificando, por assim dizer, a letra evangélica.
Apresentou as conclusões psicológicas de Carl Gustav Jung sobre a criatura humana. Jung cunhou o termo arquétipo para definir a herança ancestral que toda a criatura humana possui. Esse arquétipo significa algo que a criatura humana possui, mas que desconhece. Os arquétipos são muitos, tais como a culpa coletiva do fim do mundo, a culpa do pecado original, cujos protagonistas mitológicos foram Adão e Eva, Caim e Abel, a arca de Noé.
O Espiritismo apresentou-nos explicações à luz dos conceitos científicos. O Semeador de Estrelas, baseado em estudos sérios, afirmou que o que está preconizado no calendário Maia não é o fim do planeta Terra, ou o fim do mundo, mas somente o término de um ciclo, ao tempo em que um novo se inicia. O que vai terminar são os vícios morais, dando lugar a um mundo melhor. Allan Kardec, na codificação, informa que a Nova Era será de bênçãos, de progressos espirituais.
Espíritos nobres, vindo de outros planetas ou sistemas, inclusive, estão reencarnando ou encarnando na face desse planeta. Haverá o monitoramento das mudanças e todos aqueles, ainda esquecidos de si mesmos, os que cometem as maiores atrocidades, já não mais reencarnarão no planeta Terra. A nova geração de seres espirituais é diferente. São eles mais argutos, inquietos, transparecendo desobediência, mas merecendo apoio e amor. Os espíritas são os vanguardeiros da nova era e estão convidados para a construção dessa nova era. Cada um deve fazer o melhor, desdobrando-se para acolher e fornecer elementos morais e éticos saudáveis, para que os Espíritos nobres possam efetivamente cumprir suas missões.
Todos, após beberem a água fecunda do Evangelho de Jesus, passaram a se sentir comprometidos com a obra divina, com o amor. O seminário foi altamente produtivo. Cada um levou para sua cidade, para o seu país, uma mensagem de esperança, de paz, de amor incondicional a si mesmo, ao próximo e a Deus.

Helsinque/Finlândia – 7 de junho

O dia 7 de junho de 2012 deverá ficar registrado nos anais do Espiritismo internacional como a data de lançamento d´O Livro dos Médiuns em finlandês – Meedioiden Kirja -, em tradução feita por Pekka Kaarakainen. Antes desse lançamento, Pekka já havia vertido para o idioma finlandês O Livro dos Espíritos e O Evangelho segundo o Espiritismo.


Incansável, Pekka já está trabalhando na tradução do livro O Céu e o Inferno.
Estando pela segunda vez na Finlândia, Divaldo, com seu discurso cativante, envolvente e repleto de exemplos, conduziu, durante quatro horas, um seminário sobre a Comunicabilidade dos Espíritos, realizado na Casa da Cultura, da Universidade de Helsinque. O evento foi promovido por um grupo de pessoas que se reúnem, virtual e sistematicamente, para estudarem a Doutrina Espírita. O grupo é formado por alguns poucos brasileiros e finlandeses na maioria.

Pekka Kaarakainen (na foto com Divaldo) é o líder desse grupo e, como tal, atuou como intérprete para o idioma finlandês, ajudando a construir um ambiente de grande harmonia. Além de Pekka, destaca-se a atuação fraterna, solidária, hospitaleira de mais três pessoas: Ayla, Fernanda e Gabriela. Referenciando estes quatro dedicados servidores do Cristo, consigna-

mos aqui a nossa gratidão a todos os que, esquecendo-se de si e não olhando para trás, não mediram esforços para que o evento e a recepção de todo o público fossem coroados de sucesso. Todos, verdadeiramente todos, saíram emocionados e impressionados com o trabalho apresentado pelo Embaixador da Paz Divaldo Franco.

O homem, ao longo de sua jornada na face do planeta Terra, sempre se viu diante de uma dúvida: a morte interrompe a vida? Como nada fica velado por muito tempo, a luz do conhecimento ilumina as sombras em que o homem transita. Como afirmou o grande filósofo latino Cícero, “a História é a pedra de toque que desgasta o erro e faz brilhar a verdade”.
Em todos os povos e em todas as épocas, os chamados mortos sempre tentaram se comunicar com os vivos. A história da Humanidade demonstra que as comunicações sempre aconteceram. Corroborando esta assertiva, Divaldo Franco apresentou datas, nomes, locais e fatos documentados, comprovando a comunicabilidades entre os dois planos da vida – entre os que estão mergulhados na matéria densa - os reencarnados - e os que habitam as paragens espirituais – os desencarnados.
Os fenômenos estão registrados pela História. Allan Kardec estudou, definiu e classificou as características espirituais, a visão filosófica da vida, lançando em 18 de abril de 1857 sua obra pioneira: O Livro dos Espíritos.
Divaldo, em seguida, apresentou ao público a mensagem de amor que Jesus legou ao homem. Quem ama - disse ele - vive melhor, com mais saúde, alegria e bem-estar. A filosofia do amor ensinada pelo Mestre Jesus e pelo Espiritismo é a filosofia da caridade em seu aspecto mais amplo, de poder agir sempre no bem.
Em 16 de janeiro de 1861, Allan Kardec lançou a mais notável obra escrita até hoje sobre a mediunidade: O Livro dos Médiuns, que constitui, sem dúvida, um verdadeiro tratado sobre paranormalidade. Divaldo pinçou pontos desta magnífica obra para ressaltar os tipos de mediunidade, os riscos que lhe são inerentes, as obsessões, a oração, a conduta moral dos médiuns, o exercício gratuito da mediunidade, as técnicas utilizadas, exemplificando com o trabalho hercúleo de Francisco Cândido Xavier.
Depois de apresentar sucintamente o atual período de transição planetária e seus efeitos, externou sua gratidão a João de Deus, de Abadiânia, Goiás, que havia realizado um trabalho de divulgação e estímulo ao estudo das Obras Básicas na Finlândia, bem como aos organizadores do evento, aos inúmeros colaboradores e ao público que, tomado de grande emoção, aplaudiu o Semeador de Estrelas de pé, entusiasticamente. Destacamos o nível das perguntas propostas, tanto em conteúdo, como em praticidade e, também, pelo número de pessoas que procurou Divaldo para uma pequena conversa, um autógrafo, ou para as tradicionais fotos.

Praga/República Tcheca – 8 de junho

Na madrugada do dia 8 de junho, às 5 horas, Divaldo despertou em Helsinque/Finlândia para mais um dia de intensas atividades. Como o voo para Praga estava marcado para as 9h35 e o aeroporto estar situado longe da cidade, foi necessário sair do hotel antes das 6h. Somente por volta das 12h é que Divaldo Franco chegou ao seu destino em Praga. Às 17h, o Paulo de Tarso da atualidade já estava pronto, dirigindo-se ao local do seminário, que se iniciou às 18h.


Estavam presentes entre o público de quarenta e quatro pessoas o Embaixador da Suíça na República Tcheca, Sr. André Regli, e mais quatro funcionários. Presentes, também, Paulo Pacheco, Ministro-Conselheiro da Embaixada do Brasil em Praga, acompanhado de mais dois representantes diplomáticos. O intérprete foi o notável confrade e amigo Josef Jackulak.

Auzier, Divaldo e Josef Jackulak

O 3º Seminário sobre Espiritualidade e Saúde, promovido pelo Grupo de Estudos Allan Kardec – Praga e pela Sociedade de Estudos Espíritas Allan Kardec – Viena, teve como subtítulo A Saúde como Resultado da Ação da Força de Vontade e da Reforma Íntima. O evento foi realizado em bela sala localizada na Rua Novotného lávka 5, sala 418, em Praga.
Divaldo apresentou os quatro fatores definidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como condição para que a criatura humana possa ser considerada possuidora de saúde. São eles: bem-estar fisiológico; harmonia psicológica; equilíbrio socioeconômico; bem-estar espiritual. Esse sentido espiritual é o bem-estar de cada um dentro de sua convicção filosófico-religiosa. Por outro lado, a destruição da família, a perda das tradições e a solidão são fatores desencadeantes de doenças. Segundo a OMS, 340 milhões de pessoas no mundo estão diagnosticadas como depressivas. Um desses motivos é a solidão.
Jesus foi classificado por alguns estudiosos do comportamento humano como o maior psicoterapeuta, o mais notável da história da Humanidade, quando apresentou a proposta do amor. Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo é a sentença mais pura que se pode obter; mas os psicoterapeutas inverteram a frase, facilitando o entendimento, devendo assim praticada: amar a si mesmo, ao próximo e, por extensão, amar a Deus. Ninguém consegue ser tão pleno que não necessite do próximo. A mensagem do amor é a mais pura e cristalina fonte onde a criatura humana pode ser mais feliz. Divaldo Franco se utilizou da mensagem psicológica do amor para dizer a criatura humana é o resultado daquilo que ela pensa.
O 3º Seminário sobre Saúde e Espiritualidade foi coroado com louvor e profundo respeito pela criatura humana. Várias perguntas foram realizadas no final, dando a oportunidade de ampliar conceitos, repor outros e apresentar novas propostas, amando-nos indistintamente.

Viena/Áustria – 10 de junho


Concluída a atividade em Praga, Divaldo viajou de carro na manhã do dia 9 para Viena. Foram mais de quatrocentos quilômetros, percorridos em cinco horas. O grupo do Rio Grande do Sul, que está acompanhando-o, fez a viagem de trem em 4h40min.
Em uma manhã chuvosa, a Sociedade de Estudos Espíritas Allan Kardec – Viena -, promotora do seminário, recebeu os participantes na Lateinamerika Institut, Türkenstrasse 25, Wien. O tema foi Psicologia da Gratidão: Caminho para a Saúde Integral. Setenta e seis pessoas participaram desse magnífico evento.

Divaldo Franco, o Sublime Peregrino de Jesus, tendo por intérprete para o idioma alemão Edith Burkhard (na foto com Divaldo), disse que a gratidão é psicoterapêutica, é mensageira de saúde, de bem-estar. A gratidão não é retribuição. Confúcio, mestre e filósofo chinês, ensinava que era necessário fazer o bem e não se preocupar com a gratidão. Carl

Gustav Jung, apoiado pelo pensamento de Viktor Frankl, psiquiatra austríaco, asseverava que o objetivo da vida não é a felicidade, mas o sentido da vida, psicológico, emocional.

Divaldo apresentou de forma breve o pensamento socrático, o hedonista e o de Diógenes, relativos ao ser, ao ter e ao não ter. Há pessoas que são escravas do que têm, e outras do que não têm. O ter ajuda, mas não produz felicidade. A felicidade é tornar-se, enriquecer-se de emoções superiores, esta é a proposta socrática, completou.
Jesus, o Mestre Divino, apresentou a proposta do amor. Quem ama é feliz. Nenhum outro filósofo ou pensador, na História da Humanidade, apresentou uma proposta filosófica tão completa como Jesus. O amor é um estado de felicidade feito de gratidão. A psicologia da gratidão, disse o Sublime Peregrino de Jesus, é muito importante para a vida. Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, frase memorável de Jesus, está sendo posta em prática, de forma inversa, pela moderna psicologia que recomenda amar-se, amar ao próximo e por extensão amar a Deus.
Autoanalisar-se, descobrir-se quem é, conhecer os pontos negativos e trabalhá-los para diminuir-lhes a intensidade ou extirpá-los, saber seus potenciais morais e espirituais, são atitudes de quem se ama. Desta forma a criatura humana alcançará a plenitude, o estado numinoso, segundo Carl Gustav Jung.
Visando ambientar os participantes para os momentos seguintes do seminário, Divaldo apresentou um pequeno vídeo com cenas por onde Jesus transitou em sua peregrinação terrestre. Modelo e Guia da Humanidade, Jesus não é somente um grande profeta, é um Espírito sublime, um psicoterapeuta. Ele não é só o homem que falou, expôs, dialogou. É o exemplo, a prática, a vivência de tudo o que disse.
A Organização Mundial de Saúde estabeleceu que o insucesso emocional da sociedade é fruto de três fatores: a perda das tradições, a destruição da família e a solidão. Alertou o nobre conferencista que é necessário voltar à família, conviver em família e valorizar as tradições. Divaldo narrou histórias comovedoras sobre ingratidão, gratidão e perdão, exemplos de que as mudanças de atitudes para melhor, o autoamor e o perdão podem fazer a criatura humana feliz.
Ensinou que agradecer todo o bem que aconteceu e o mal que não aconteceu é muito importante como forma de gratidão à vida, acrescentando que não menos importante é ser grato ao mal que nos aconteceu, porque ele traz mensagens de aperfeiçoamento.
A psicologia da gratidão é um ato de amor. Viver é um fenômeno biológico, conseguir viver em harmonia é um desafio. Gratidão é respeitar a vida em qualquer aspecto. O ser psicologicamente maduro é aquele que mantém o sentimento de gratidão. Ser grato não é se limitar ao ato de retribuir. A missão da criatura humana na Terra é abrir portas, oferecer oportunidades. O ser grato sabe que a vida é um constante movimento, por isso deve estar preparado para as mudanças. Não deixar que as sombras obscureçam os sentimentos. Estas foram ideias muito bem exploradas pelo nobre conferencista que a todos cativou, transmitindo sentimentos e emoções de elevado padrão.
Através de uma dinâmica, Divaldo oportunizou momentos de gratidão aos participantes. A exemplo do Muro das Lamentações, em Jerusalém, Divaldo estabeleceu o Muro da Gratidão, local onde as pessoas podiam colocar um pequeno pedaço de papel com a sua mensagem de gratidão.
Finalizado o seminário de um dia inteiro, os sentimentos de gratidão expressos nos gestos e rostos de todos atestavam a excelência do trabalho realizado. De nossa parte, a gratidão aos que conviveram conosco e gratidão aos que nos estão lendo.


Divaldo Franco encerra em Viena o ciclo de conferências em terras do Velho Mundo

Na etapa final de sua recente jornada por cidades da Europa, o orador falou na República Eslovaca e na Áustria

Mais dois países receberam a visita e a palavra do estimado confrade, que concluiu em Viena, Áustria, o ciclo de conferências que teve início no mês de maio.

Bratislava/República Eslovaca – 11 de junho

Saindo de Viena no meio da tarde, Divaldo Franco, o Paladino Moderno do Evangelho, viajou até Bratislava, capital da República Eslovaca, para proferir uma conferência sobre Mediunidade: Desafios e Bênçãos, às 18h00min. O evento foi realizado no Cultus Ružinov, Ružinovská 28/ sál č. 275, Bratislava, das 18h00min às 21h00min. O intérprete para o idioma eslovaco foi Josef


Jackulak (na foto, ao lado de Divaldo), brilhante como sempre.

O Grupo de Estudos Espíritas Amigos de Allan Kardec, de Bratislava/República Eslovaca e a Sociedade de Estudos Espíritas Allan Kardec, de Viena/Áustria, promoveram o evento que contou com a presença de 48 pessoas (foto). Divaldo, que visita Bratislava há mais de vinte anos, reencontrou amigos e conhecidos em uma confraternização espiritual que a todos

contagiou. O Sublime Peregrino de Jesus, citando Cícero, o grande filósofo latino, que dizia que a história é a pedra de toque que desgasta o erro e faz brilhar a verdade, chamou a atenção para os fatos históricos que apresentaria no decorrer de seu trabalho.

O conferencista e médium Divaldo Franco, em sua explanação, percorreu os fatos históricos para afirmar que a mediunidade não é uma criação do Espiritismo, mas que, ao longo dos tempos, ela sempre existiu. Heródoto de Halicarnasso narra os fatos ocorridos com o Creso, Rei da Lídia e as manifestações mediúnicas marcantes anunciando fatos que se dariam no futuro.



A clarividência de Apolônio de Tiana ocorrido na cidade de Éfeso.
Dante Alighieri que depois de morto falou ao seu filho Jacopo informando onde estavam guardados os treze cânticos a respeito do céu, completando, assim, a sua obra A Divina Comédia; A clarividência do Papa Pio V ao informar a vitória da Igreja na Batalha de Lepanto na hora que ela ocorria; A comunicação mediúnica entre o Cardeal Eugênio Pacelli e o Papa Pio X, desencarnado, informando-o que seria eleito o próximo Papa e com grandes responsabilidades a cumprir. Estes são alguns casos apresentados e que atestam a existência da mediunidade desde remotas eras.

No Século XIX o Professor Hippolyte Léon Denizard Rivail – Allan Kardec -, após estudar os fatos mediúnicos que ocorriam em sua época, lançou, sob orientação dos benfeitores da humanidade, a monumental obra O Livro dos Médiuns, demonstrando que a mediunidade não é uma graça divina, nem privilégio, tão pouco é fenômeno diabólico. Demonstrou, pelos fatos, que todos possuem este sexto sentido, ou seja, a mediunidade.

Sobre os desafios da mediunidade, o notável orador e médium Divaldo Franco, disse que é necessário realizar a transformação moral para melhor, evitando os transtornos psicológicos, a depressão, o pânico, os estados perturbadores da mente, as obsessões que infundem medo, pavor e desconfiança. Destacou que a mediunidade merece ser estudada em seus vários aspectos.

A mediunidade está em toda a parte. O espiritismo veio para dar dignidade à mediunidade, que deve ser exercida gratuitamente, que não é uma profissão, é consoladora. A mediunidade com Jesus está vinculada profundamente ao Espiritismo. Onde está a criatura humana aí estão suas virtudes e suas imperfeições. Jesus está acima de todos os filósofos e pensadores por ter posto em prática tudo o que Ele falou. Foi o único a falar sobre o amor, vivenciando-o e dizendo que há um deus interno em cada criatura. Jesus é o amor de Deus em nós.

Encerrada sua conferência, Divaldo respondeu a várias questões, oportunidade que teve para aprofundar alguns pontos, aclarar outros. Vale a pena amar. Feliz é aquele que ama. Quando a criatura humana ama consegue decifrar todas as equações do mundo. Com esses pensamentos o nobre orador agradeceu a oportunidade do trabalho, recebendo a gratidão do público em forma de aplausos e de um ramalhete de flores.

Viena/Áustria – 12 de junho

A acolhedora sede da Sociedade de Estudos Espíritas Allan Kardec - VAK -, na Spengergasse, 10/3, Wien – Áustria, esteve repleta com mais de cinquenta pessoas (foto) ávidas para dessedentarem-se sobre os aspectos do médium e da mediunidade. O tema era palpitante, Mediunidade: Desafios e Bênçãos, o orador foi o fenomenal Divaldo Franco.


Orador e tema, uma combinação que empolga as pessoas para assistir, prestar atenção e aprender.


Os dirigentes Josef e Rejane desdo-braram-se para acolher o público que recebeu uma verdadeira aula sobre mediunidade, com a colaboração da intérprete para o idioma alemão Edith Burkhard (foto). Os estudos, reflexões e análises de George Ivanovich Gurdjieff, Peter Ouspensky e Robert de Ropp foram apresentados pelo Sublime Peregrino de

Jesus, despertando a consciência dos presentes com relação aos compromissos autoiluminativos.
Segundo Ouspensky, apoiado nos estudos de Gurdjief, há dois tipos de ser humano, o fisiológico e o psicológico. O fisiológico apresenta as seguintes características: Egocêntrico; Impiedoso; Ególatra; Imaturo psicologicamente; Escravo das sensações; e Egoísta. O ser psicológico é caracterizado por: Maturidade afetiva; Reflexivo; Altruísta; Sociável; Empático; e Religiosidade.

Joanna de Ângelis, Benfeitora Espiritual, com algumas dezenas de obras publicadas através da mediunidade de Divaldo Franco, apresenta uma série de reflexões sobre as características do ser humano e que se encontram no livro O Ser Consciente. De acordo com Ouspensky, a evolução do homem é a evolução de sua consciência. Com relação ao autoconhecimento ele afirma: o homem não conhece nem os próprios limites, nem suas possibilidades. Não conhece sequer até que ponto não se conhece.

Ouspensky afirma que o homem é uma máquina e Gurdjieff disse que... É possível deixar de ser máquina, mas, para isto, é necessário, antes de tudo, conhecer a máquina... Quando a máquina se conhece, desde esse instante deixou de ser máquina. Já começa a ser responsável por suas ações. Outro ponto relativo à mediunidade foi ressaltado pelo nobre conferencista: a consciência. Joanna de Ângelis, no livro Autodescobrimento – cap. 3, diz: O desabrochar da consciência é um trabalho lento e contínuo, que constitui o desafio do processo da evolução. Inscrevendo no seu âmago a lei de Deus, desenvolve-se de dentro para fora a esforço da vontade concentrada, como meta essencial da vida.

Visando oferecer dados para uma análise judiciosa por parte de cada um, Divaldo apresentou os cinco níveis de consciência, de acordo com Robert de Ropp. 1. Consciência de sono sem sonhos; 2. Consciência de sono com sonhos; 3. Consciência desperta; 4. Consciência de si mesmo; e 5. Consciência cósmica. Vianna de Carvalho, Espírito, no livro Médiuns e Mediunidades, psicografia de Divaldo Franco, apresenta vários esclarecimentos sobre a consciência.

Antes de finalizar esse brilhante trabalho, Divaldo apresentou as questões relativas aos biorritmos celebrais e que são de capital importância para o exercício da mediunidade com Jesus. Aplaudido com muito entusiasmo, o incansável orador agradeceu pelo carinho, amor e dedicação com que cada um lhe recebeu.

Viena/Áustria – 13 de junho

Após ter estado em 14 países e 26 cidades, Divaldo Franco, o incansável Paulo de Tarso dos dias atuais, realizou mais uma atividade para externar sua gratidão aos que facilitaram sua tarefa de divulgar a Doutrina Espírita em terras europeias, encerrando a atual jornada.

Sob a coordenação de Josef e Rejane (foto), dirigentes da Sociedade de Estudos Espíritas Allan Kardec – VAK -, Divaldo denominou esta atividade extra como a noite da gratidão. Realizando um pequeno histórico de suas atividades na Europa, iniciadas em 1º de agosto de 1967 em Portugal e Espanha, ambos os países sob regime ditatorial de Salazar e Franco,

respectivamente.
Exteriorizando seu sentimento de gratidão, o sublime peregrino de Jesus, nomeou algumas pessoas que lhe facilitaram a tarefa de divulgador da Doutrina Espírita. Em Portugal, com um trabalho na área espiritualista, o nome lembrado foi o de Eduardo de Matos, que maninha a Revista Fraternidade e um belo movimento com o mesmo nome, e recordou-se de Izidoro Duarte dos Santos, editor da revista Estudos Psíquicos. Destacou esses nomes de primeira hora para homenagear e agradecer todos os demais que se seguiram ao longo de sua trajetória de divulgador incansável do Espiritismo.

Na jornada atual foram 21 conferências, em media com duas horas de duração cada, 05 seminários de 6 horas, 11 minisseminários entre 3 e 4 horas.

Para que tudo isso pudesse ser realizado foi necessário um planejamento cuidadoso para que nada pudesse dar errado e que se iniciou com seis meses de antecedência. O exercício de uma disciplina férrea para seguir o planejado, a atividade psicográfica que não é interrompida, atender seu trabalho em Salvador, cuidar da correspondência diariamente, telefonemas para dar continuidade e controlar a execução das atividades da Mansão do Caminho, foram diligentemente executados, pois que nada pode sofrer solução de continuidade.

O mundo novo, disse o nobre médium, tem que começar em nós. Sua gratidão foi endereçada a Deus, a Jesus, a cada um e a todos, a cada cidade, a cada casa espírita ou familiar que lhe abriu as portas, a cada pessoa que perto ou longe da atividade fim, a cada um que orou ou executou a tarefa que lhe competia em seu âmbito de ação. Finalizou a noite da gratidão dizendo que o que importa é que

Parte do público em Viena

Divaldo com amigas

Divaldo com amigos

continuemos amando-nos uns aos outros, divulgando o Espiritismo em nome de Jesus, o meigo Rabi da Galileia.

Joanna e Ângelis e os espinhos da jornada

Ainda em Viena, Divaldo aproveitou o momento em que estavam presentes diversos espíritas militantes na Áustria, Espanha e Brasil, para ler uma mensagem de Joanna de Ângelis intitulada Espinhos na Jornada Cristã, que ele psicografou no dia 7 último, em Helsinque. Ei-la, na íntegra:

ESPINHOS NA JORNADA CRISTÃ

O pântano silencioso, às vezes, com águas tranquilas, guarda, na sua intimidade, a vaza fétida e venenosa.

A roseira que esplende de belas flores perfumadas, cobre as suas hastes com espinhos pontiagudos.

Na aparência a água destilada e o ácido sulfúrico têm a mesma apresentação.

As plantas carnívoras atraem as suas vítimas exalando suave doce perfume...

O Sol que aquece a vida e a mantém, é portador também dos raios infravermelhos e ultravioletas que danificam o organismo.

Sorrisos de amabilidade também ocultam infames traições e crueldades.

A calúnia, a perversidade, a perseguição, nem sempre apresentam-se com as características que lhe são peculiares, mantendo-se ocultas nos disfarces da hipocrisia e da desfaçatez.

É natural, portanto, que na estrada sublime do Evangelho, estejam escondidos espinhos que dificultam a marcha do viajor dedicado e tomado pelas emoções superiores.

São eles que testificam os valores de que o mesmo se encontra revestido, pois que, se o seu devotamento não é autêntico, logo foge do compromisso, queixando-se de dificuldades e de sofrimentos.

Quando alguém elege o serviço de Jesus na Terra, pode ter a certeza de que a incompreensão o segue em pós, a inveja o atinge com as setas da calúnia e da deslealdade, justificando-se de mil maneiras, a fim de ocultar a face inferior que lhe é peculiar.

Todos aqueles que foram fiéis ao Mestre ao longo dos séculos, padeceram as injunções penosas do caminho elegido para O acompanhar.

Não apenas, porém, os servidores da Verdade, mas todos os indivíduos que se destacam na comunidade pelos valores de nobreza e de dedicação à causa do Bem e do progresso das demais criaturas, são convidados ao pagamento pela glória de servir.

A sua caminha é sempre marcada por dores inconcebíveis, por competições infames e por injunções inacreditáveis, especialmente no meio de quantos deveriam comportar-se de maneira diferente.

Sucede que a Terra é ainda o mundo de provações e ninguém consegue avançar no rumo soberano da Grande Luz sem vencer a sombra exterior, após haver superado a própria sombra interior...

Por essa razão é reduzido o número de pessoas dedicadas à construção da harmonia e da fraternidade, sendo muito mais fáceis e expressivas aquelas que aderem ao comodismo, à indiferença, à acusação indébita, à infâmia, defendendo a sua área de dominação.

Quando se trata de uma revolução positiva e idealista, há uma recusa quase generalizada, por parte daqueles que se encontram satisfeitos consigo próprios, suas alegrias fisiológicas e interesses egotistas.

As ideias novas e progressistas incomodam, e além disso, os invejosos que não são capazes de superar os paladinos dos movimentos renovadores, atacam-nos ferozmente, porque gostariam de estar no seu lugar, sem o conseguir.

*

Sempre encontrarás espinhos sob a areia fina da estrada ou pedrouços no terreno a conquistar.

Desde que te candidatas ao serviço do Mestre Jesus, não podes anelar por aquilo que Ele não rejeitou, embora sendo o Eleito de Deus.

Toda a Sua vida esteve sob acusações falsas, perseguições mesquinhas, injunções más, forjadas pelos inimigos da Humanidade, que dela somente se beneficiam sem qualquer contribuição favorável.

Nunca esperes retribuição pelo que faças de dignificante e honorável.

Que te bastem as satisfações e prazeres da ação desempenhada e não os efeitos a que deem lugar.

A tarefa do semeador é distribuir as bênçãos de que se faz instrumento e seguir adiante.

Quanto possível, deves erradicar a erva má que lhes ameace o desenvolvimento, quando na condição de plântulas frágeis, resguardá-las das intempéries e dos inimigos naturais, sem preocupar-te contigo.

Igualmente, não guardes qualquer ressentimento em relação àqueles que se divertem com os teus sofrimentos, que se comprazem com as tuas aflições na seara.

Eles também não passarão incólumes, pois que a vereda é a mesma para todos.

Mesmo agora, com sorrisos e esgares, aparentando felicidade, encontram-se enfermos, sofridos, necessitados...

Todos aqueles que se apresentam como privilegiados de hoje serão chamados aos testemunhos amanhã.

Quem hoje sofre, avança para as cumeadas da interação com o Pai, através do devotamento e da sinceridade dos seus atos.

Desse modo, quanto mais diatribes te atirem, mais convicção segurança adquires em torno da excelência do trabalho ao qual te afervoras.

Teme, porém, quando facilidades e aplausos te acompanharem no serviço. São muito perigosos, porquanto constituem retribuição pelo que foi realizado, ou apenas simulações e hipocrisias, e isso equivale a um tipo de pagamento à vaidade e à presunção.

Desde que trabalhas sob o comando do Mestre a Ele cabem as bênçãos do futuro da tua cooperação, e a ti a alegria de estares ao Seu lado.

Todos aqueles que O acompanharam, com exceção do discípulo amado provaram os rudes testemunhos, inclusive, o holocausto da própria vida.

Que esperas, por tua vez?!

Resta-te, somente, servir mais e melhor, consciente de que o teu grão de mostarda é também valioso no conjunto da semeadura de luz.

Alegra-te, pois, quando caluniado, vilipendiado, sem razão atual, porquanto, estarás expungindo, o que representa uma verdadeira dádiva dos Céus.

Enquanto alguns estão comprometendo-se, tu caminhas redimindo-te, pouco importando-te com, a maneira pela qual isso acontece.

Tem, pois, compaixão dos teus adversários e sê-lhes amigo desconhecido e maltratado.

São poucos os seres humanos que desejam tornar-se amigos, servir, durante a caminhada que lhes é rica de carências, pródiga de diversões e escassa de abnegação.

*

Onde estejas, com quem te encontres, nunca deixes de assinalar a tua presença com a ternura, a misericórdia, a alegria de amar e de servir.

As pegadas mais fortes são aquelas transformadas em luzes que brilham apontando o rumo de segurança.

Caso tenhas coragem, após sofreres os acúleos da estrada, retira-os, a fim de beneficiares todos aqueles que venham depois de ti.

Que a tua dor não seja por eles experimentada, nem os teus suores de sofrimentos íntimos derramem-se pelas faces dos futuros divulgadores do Infinito Amor.

Joanna de Ângelis

(Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na manhã de 7 de junho de 2012, em Helsinque, Finlândia.)

O balanço derradeiro

A jornada doutrinária na Europa, recém-concluída, sagrou-se de sucesso ímpar. O público participante foi o maior desde o distante ano de 1967, quando Divaldo iniciou seu trabalho na Europa. São quase quarenta e cinco anos de labor doutrinário, levando o conhecimento contido nas Obras Básicas da Doutrina Espírita, as mensagens cristãs de fraternidade, de solidariedade e de amor.

Incentivador nato, ombreou com os trabalhadores do Cristo, muitos deles brasileiros radicados na Europa, a perseverarem no estudo, na divulgação, no atendimento aos necessitados de consolação, na constituição de núcleos visando à fundação de instituições espíritas. Podemos afirmar categoricamente que os objetivos iniciais estão consolidados, quase todos, e produzindo ricos e enobrecedores resultados.

Na atualidade, inúmeros outros expositores espíritas brasileiros estão trilhando os caminhos abertos por Divaldo Pereira Franco. Foram anos de labor intenso, superando obstáculos em terras estrangeiras e a ação hostil de governos intolerantes ao pensamento espírita. Ainda hoje, este ícone do movimento espírita custeia suas passagens aéreas de ida e volta ao Brasil com seus recursos próprios. Faz bem pouco tempo, a partir da organização do movimento espírita europeu, é que os deslocamentos e hospedagens na Europa deixaram de ser sua responsabilidade.

A força e a dedicação de Divaldo são inusitadas. Atravessando fronteiras geográficas e linguísticas, vencendo o tempo, o clima, consegue superar o desgaste físico e mental para estar integrado com nossos irmãos de ideal espírita e simpatizantes. Reflitamos sobre o nosso esforço em vencer pequenas dificuldades, sejam materiais ou de relacionamentos interpessoais.

Exuberante em seus 85 anos de idade, com 65 anos de experiência no campo da oratória, profundo conhecedor da Doutrina Espírita, Divaldo Pereira Franco é reconhecido, nacional e internacionalmente, como um grande espírita. Sua obra no campo da psicografia, da mediunidade, da oratória e da caridade, conforme atesta a atividade desenvolvida na Mansão do Caminho em Salvador/BA, torna-o digno de louvor.

Embaixador da Paz no Mundo, Divaldo é o semeador de sentimentos nobres nas mentes e corações humanos. Neste longo trabalho doutrinário, realizado recentemente na Europa, o Peregrino de Jesus teve a oportunidade de constatar que sua dedicação e seu esforço de quase 45 anos em terras europeias, juntamente com a colaboração de inúmeras pessoas lá radicadas ou nativas, está produzindo resultados alvissareiros.

No passado, os grandes missionários do doce e meigo Rabi da Galileia testemunharam sua fé, muitos com a própria vida. Na atualidade os testemunhos se dão no campo da honra, da moral. Não se apedreja mais, não se imola mais nas fogueiras, nos circos, mas lançam-se calúnias, diatribes, visando criar máculas no trabalho digno, amoroso, fraternal e promotor da criatura humana desvalida, como assistimos, ciclicamente, nos arraiais espíritas.

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