segunda-feira, 2 de maio de 2011
Editorial: Prática mediúnica espírita
Desde os primeiros registros relacionados com a existência da Humanidade na Terra, constata-se a comunicação dos homens com os Espíritos dos seus antepassados. Isto significa dizer que a mediunidade está presente na vida dos homens desde os seus primórdios. A História registra esta presença nos relatos da vida social e política, mas, principalmente, nos referentes à Religião.
Veja-se, entre outros, os fatos narrados no Velho e no Novo Testamento, especialmente em Atos dos Apóstolos, e demonstrados em atividades mais recentes.
Incapacitados de entender esse fenômeno, os homens, em geral, os religiosos, em especial, e os próprios médiuns, em particular, classificavam os portadores dessa faculdade mediúnica como santos ou feiticeiros, dependendo, à luz da sua própria compreensão, de como se apresentava o fenômeno: bom ou mau.
Partindo de uma observação judiciosa, lógica, de base científica, Allan Kardec desvendou as leis que regem a prática mediúnica, ou a comunicação entre os Espíritos e os homens. Publicou, inicialmente, O Livro dos Espíritos, em 1857, que trouxe as noções basilares sobre esse fenômeno. E, em 1861, editou O Livro dos Médiuns, no qual aprofundou a análise desse assunto, demonstrando as suas leis e orientando a sua prática, que deve ser sempre realizada dentro dos princípios morais estabelecidos no Evangelho de Jesus, que refletem, com fidelidade, as Leis de Deus.
É por isso que o texto “Conheça o Espiritismo – uma Nova Era para a Humanidade”, divulgado pela Federação Espírita Brasileira, pelo Conselho Espírita Internacional, assim como por demais instituições espíritas, esclarece que sempre houve, há e haverá a comunicação dos Espíritos com os homens, independentemente da religião daqueles que a praticam ou da diretriz doutrinária de vida que adotem: materialista ou espiritualista.
Desta forma, e observando que o fenômeno mediúnico em si mesmo é neutro, isto é, não é bom nem mau, constata-se que “prática mediúnica espírita, só é aquela que é exercida com base nos princípios da Doutrina Espírita e dentro da moral cristã.
Revista REFORMADOR
Maio de 2011
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